A frota integrada pelo brasiliense pró-Palestina Thiago Ávila e a sueca Greta Thunberg, entre outros ativistas, foi mais uma vez atacada drones, nesta terça-feira (23/9). Desta vez, sete embarcações foram atingidas. O ataque ocorreu no mesmo dia da Assembleia da Organização das Nações Unidas, que teve como foco o reconhecimento da Palestina.
Responsável pela frota, a coalizão Globa Sumud Flotilla (GSF), confirmou a informação. De acordo com comunicado, em poucas horas drones foram direcionados aos barcos. Uma das embarcações registrou o momento do ataque. Veja:
Essa é a terceira vez que a flotilha é atingida rumo à Gaza. A primeira ocorreu em 8 de setembro. Nas redes sociais, Thiago destacou que o grupo está sob uma situação de ataque. “Agora eles estão escalando em ataques mais severos e perigosos”, disse em inglês.
Segundo o ativista, parte do ataque é com “flashbangs”, um dispositivo explosivo não letal que emite um clarão ofuscante e um som extremamente alto, com o objetivo de desorientar temporariamente os sentidos de uma pessoa, afetando visão e audição.
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As embarcações partiram Barcelona, na Espanha, em 31 de agosto rumo a Gaza. O objetivo era criar um corredor de ajuda humanitária para a Palestina. Ao todo, 80 barcos, de 44 países, compõem a nova tentativa de levar ajuda para a região atacada.
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Os ativistas Greta Thunberg e Thiago Ávila não se feriram durante o ataque de drones sofrido pela frota da Global Sumud Flotilla (GSF)
Reprodução/Redes sociais
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O barco da frota da Global Sumud Flotilla (GSF) que embarcou rumo à Faixa de Gaza foi alvo de ataque explosivo de drones
Reprodução / @coletivojuntos
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Essa é a segunda vez que Ávila embarca para Gaza
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A ativista suíça Greta Thunberg também estava na embarcação durante o ataque
Reprodução/Redes sociais
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O brasileiro Thiago Ávila chegou a ser preso pelo Exército de Israel e foi deportado
Reprodução/Redes sociais
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Ativista Thiago vila
Reprodução/Instagram
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Greta Thunberg embarcou em navio ao lado de ativista brasileiro para Gaza
Reprodução/Redes sociais
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No total, 12 voluntários internacionais embarcaram com ajuda humanitária em junho
Reprodução/Redes sociais
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Grupo foi interceptado em uma primeira viagem para Gaza no dia 8 de junho
Reprodução/YouTube
É a segunda vez que Ávila embarca rumo a Gaza. Em junho deste ano, o ativista esteve a bordo do barco Madleen ao lado de outros 11 ativistas internacionais. O grupo, porém, foi detido dias depois pelo exército israelense, que os conduziu para uma prisão antes de deportá-los aos seus respectivos países.
Quem é Thiago Ávila
O brasiliense, de 38 anos, era um dos integrantes da Coalizão Flotilha da Liberdade, cujo objetivo é levar ajuda humanitária à Palestina.
Ele começou a jornada como ativista em 2005 e já esteve no Líbano, onde mostrou, em fevereiro último, como as cidades do país ficaram após ataques de Israel.
Ávila também compartilha nas mídias sociais relatos sobre os projetos dos quais participa e mostra a realidade de regiões em contexto de guerra.
Em 2024, o ativista compareceu ao velório do líder do grupo Hezbollah, Seyyed Hassan Nasrallah, e participou de uma conferência internacional em Teerã, capital do Irã, onde prestou condolências aos iranianos e ao país pelo falecimento do então presidente, Ebrahim Raisi, em maio passado.
Ainda naquele ano, Ávila viajou com outros ativistas em um barco até Gaza, também para levar ajuda humanitária à região. Contudo, novamente, a missão não pôde ser concluída.