A esposa do juiz Carlos Eduardo das Neves Mathias, juiz da Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) presa por balear o marido durante uma discussão, foi identificada como Maria Natália da Silva Tavares. Ela é descrita pelas autoridades como praticante de tiro. A mulher foi detida em flagrante pela Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE) na residência do casal, Na manhã de quinta-feira (27/11), logo após disparar contra o marido, lotado na comarca de Ouricuri, no Sertão pernambucano.
Natália Tavares, além de ser companheira do juiz, tinha familiaridade com armas. As investigações apontam que os desentendimentos começaram na véspera, motivados por suspeitas de traição. Após uma discussão no interior da casa, ela pegou uma arma guardada e efetuou o disparo que atingiu o tórax do magistrado.
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Por volta das 7h da manhã desta quinta-feira (27/11), o casal discutiu em sua residência. Durante o desentendimento, Natália teria sacado a pistola e atirado contra Carlos Eduardo. O tiro acertou o tórax do magistrado.
Pedido de socorro
O juiz gravou um vídeo pelo celular logo após o disparo, clamando por socorro e dizendo claramente: “Foi a Natália que atirou”. A partir desse registro, a Polícia Militar foi acionada, encontrou Natália no imóvel ainda com vestígios de sangue e a prendeu em flagrante. A arma utilizada foi apreendida no local
Após o disparo, o magistrado foi levado ao Hospital Regional Fernando Bezerra, em Ouricuri, onde passou por cirurgia torácica para estancar o ferimento. De acordo com nota oficial do TJPE, ele encontra-se estável e consciente, e o estado é “sob observação médica”.
O tribunal também informou que acompanha o caso de perto, por meio da sua Comissão de Segurança e Integridade da Magistratura, e está à disposição das autoridades policiais para auxiliar na investigação.
Confissão e motivação
Na delegacia, Natália prestou depoimento. Segundo o registro policial, ela confessou espontaneamente ter feito o disparo alegando que o ato teria sido motivado por “discussões anteriores” e por suspeitas de traição. A versão fornecida por ela menciona que, após o tiro, ligou para o serviço de emergência e permaneceu ao lado do marido, esperando socorro.
O crime foi registrado como tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe ou fútil, uma vez que o disparo ocorreu no interior da residência e de forma inesperada.
As autoridades ainda investigam as circunstâncias exatas do disparo e ouvirão testemunhas. A expectativa é que nos próximos dias a Justiça decida sobre a custódia da acusada e examine o histórico do casal.