O técnico Abel Ferreira rompeu, neste domingo (16), a “lei do silêncio” que havia sido estabelecida há duas semanas pelo Palmeiras, após a polêmica coletiva do seu auxiliar João Martins, que chegou a ser acusado de xenofobia pela CBF.
Após o empate sem gols com o Internacional, no Beira-Rio, neste domingo (16), pela 15ª rodada do Brasileirão, o português disse que se sente amado pelos palmeirenses e questionou as acusações contra Martins.
“Infelizmente, querem caçar o João. Vou ficar atento ao que vão fazer com o João e o que vão fazer com os outros que falaram a mesma coisa. Vou ficar atento a isso. Vou ter de perceber o que quer dizer xenofobia. Eu nunca estive em um país em que ouvi tanto esse termo. Nem sabia o que era isso. Xenofobia, racismo, preconceito… nunca ouvi tanto como aqui”, disse o treinador.
O treinador também comentou sobre o momento de baixa do Palmeiras, eliminado na Copa do Brasil e atualmente no sexto lugar do Brasileirão, com 14 pontos a menos que o líder Botafogo.
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“Não conheço campeões que só ganham, os campeões são os que levam as pancadas e continuam. Se querem um treinador que só ganha títulos, descubram, porque não sei onde está. O treinador que só ganha não sou eu, eu também perco. Já tinha avisado no último ano: ‘não sei até quando vai durar, vamos perder’. As pessoas que têm sede de zoar o Palmeiras, o treinador, tem a oportunidade agora. E nós temos que ter mentalidade de campeão, aguentar, nos dedicarmos ao trabalho”, afirmou.
Quando questionado sobre a insatisfação dos torcedores em razão do momento ruim do Palmeiras, Abel disse ter testemunhado mais manifestações de apoio do que críticas.
“Eu vou te falar dos torcedores que vêm falar diretamente comigo. Até hoje, ganhando ou perdendo, as duas palavras que eu mais ouço, nem minha mulher e minhas filhas dizem tanto quanto os torcedores: amo você. ‘Os torcedores do Palmeiras dizem que me amam mais que você e minhas filhas’, digo à minha esposa”, respondeu o português.
Abel comenta campanha do Botafogo
Abel também falou sobre a chance de alcançar o Botafogo na disputa pelo título do Brasileirão.
“A única coisa que tenho que fazer é ajudar meus jogadores. O Botafogo merece estar 14 pontos à frente”, resumiu.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Abel Ferreira rompe “lei do silêncio” e defende auxiliar após acusação de xenofobia no site CNN Brasil.