Depois de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) confirmar a condenação do Ibmec por falha na prestação de serviço no MBA em Controladoria, a estudante Kátyla Fogaça, 33 anos, detalhou ao Metrópoles como problemas de acesso à disciplina business game acabaram levando à reprovação que motivou a ação.
A analista financeira conta que desempenha várias funções e a rotina intensa sempre exigiu organização para manter o ritmo de estudos. “Sou mãe, esposa, trabalho o dia todo e ainda treino. Então tudo é muito corrido, por isso escolhi um curso a distândia”, diz.
O curso de educação a distância (EAD) começou em agosto de 2023 e a previsão era terminar em novembro de 2024, mas foi concluído apenas em janeiro deste ano devido ao entrave gerado pela disciplina final, com três meses de atraso.
Kátyla explica que procurou o MBA para ampliar a qualificação profissional. “Eu já trabalho na área financeira há anos. Queria aperfeiçoar meus conhecimentos e trazer mais qualidade para o meu dia a dia. O EAD deveria ajudar, não atrasar”, relata.
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Entenda o problema
A matéria final do curso era oferecida exclusivamente ao vivo pelo Microsoft Teams, sem gravações ou materiais complementares. Mas, ao tentar entrar, Kátyla clicava em “acessar Teams” e surgia uma mensagem de erro — ela não era direcionada para a sala virtual e simplesmente não conseguia entrar na aula.
A estudante afirma ter aberto chamados, buscado atendimento no suporte e tentado contato até pelo WhatsApp institucional, mas nenhuma das tentativas conseguiu liberar o acesso. Quando a instituição finalmente retornou, o módulo já havia terminado — e a reprovação estava registrada.
A orientação recebida à época foi que ela trancasse a disciplina e a cursasse posteriormente, sem custo adicional. A solução, porém, nunca foi implementada, o que empurrou a conclusão do MBA para fevereiro de 2025, quase três meses além do previsto.
Na ação judicial, a Turma Recursal reconheceu que Kátyla apresentou documentos comprovando a reprovação indevida e diversas tentativas frustradas de resolver o problema.
O Ibmec, por sua vez, não conseguiu justificar as falhas. A instituição foi condenada a pagar R$ 4 mil por danos morais e deverá disponibilizar à aluna uma nova oportunidade de cursar a disciplina, com acesso completo a conteúdos, avaliações e gravações. A decisão foi unânime.
