Ao comentar o inquérito aberto pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra ele próprio, o secretário Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF), Zeno Gonçalves, alega ser vítima de uma perseguição por parte de auditores da própria Semob. Gonçalves é investigado por suposto favorecimento a empresas de ônibus no DF. A abertura do inquérito foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (30/9).
Ao Metrópoles, o secretário disse que o inquérito é fruto de uma denúncia anônima, feita na Ouvidoria do MPDFT, sobre a ação de auditores da própria Semob. Segundo Zeno Gonçalves, fiscais da pasta estariam travando o tráfego de ônibus devido a pequenas irregularidades identificadas e, ao prever uma possível falta de coletivos nas ruas, o secretário interveio e autorizou a circulação dos coletivos.
“Os auditores lacraram esses veículos impedindo que eles saíssem, alegando que alguns tinham problema de campainha, outros bancos rasgados, uma série de irregularidades. Na época, nosso terminal de vistoria funcionava só pela manhã, e colocar esses ônibus todos fazendo esse tipo de vistoria, você simplesmente paralisa o transporte”, explicou.
“Eu sou obrigado lançar mão de algumas medidas. Como por exemplo: permiti que a empresa fizesse o reparo no veículo e autodeclarasse que o ônibus estava em condição de funcionar, com prazo de 10 dias para levar para vistoria. Com atitudes como essa, os auditores abriram guerra contra mim”, alegou.
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O secretário afirmou que vai abrir uma investigação interna, na Semob, para apurar a atuação dos auditores da pasta.
A reportagem também acionou o MPDFT para comentar sobre a investigação e as justificativas apresentadas pelo secretário de Transporte do DF. Nenhum parecer havia sido emitido até a última atualização deste texto.