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Aurora depois de Pandora

por Redação Capital Brasília
6 de dezembro de 2025
em Brasil, Política
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Aurora depois de Pandora
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É fim de ano. Dezembro está aí, desencapando os últimos fios de 2025, e o máximo que desejamos é que todas as conversas sejam de elevador, breves, com dois andares de duração no máximo, para chegarmos minimamente sãos até a porta do ano que vem. Mas imagine só, caro leitor, que o elevador enguiçou e agora você terá que lidar com este outro passageiro que está prestes a relembrar as querelas do ano da brava literatura brasileira. Se você tocar pela terceira vez a campainha do alarme, o espetáculo vai começar. Eu avisei.

Não serão citados os nomes nem dos acusados nem dos acusadores. O que importa é perceber que em todos esses textos de 2025, em suas réplicas e tréplicas, os sintomas acusatórios se repetem em diferentes expressões:  hipertrofia do conteúdo sobre a forma, autores que encantam pelo testemunho, mas não pela invenção, a “literatura de podcast”, a “fofoca premium”, textos auto-referenciais, produzidos sob a lógica da visibilidade e da confissão, e assim vai. Do lado da crítica, segundo as mesmas querelas, temos o mesmo problema: resenhas densas e analíticas sendo substituídas por textos leves, clicáveis, calibrados para e pelo algoritmo. O crítico é acusado de influenciador, diluído no feed, facilitador do cancelamento que alimenta a dopamina diária de seu público. E assim vai. 

Pois bem. A editora Boitempo acabou de publicar Imediatez, de Anna Kornbluh, e todos os interessados em literatura e polêmica deveriam ler. A tese central do livro é de que existe hoje um estilo dominante de época, que ela chama de immediacy – “imediatez”, na tradução de Nélio Schneider – e que atravessa arte, literatura, tevê, teoria e subjetividade, alinhado ao capitalismo de hoje, segundo a autora, em fase de circulação maximizada e infinita. A lógica atual seria não mais produzir, mas fazer fluir tudo: informações, afetos, imagens, corpos, etc. Para que a imediatez flua ela recusa qualquer mediação. Ou seja, no lugar da construção, deseja-se o direto, no lugar da representação, o presente puro. Hashtag sem filtro.

Daí a emergência de narrativas que se multiplicaram ao largo da ficção. Versões estendidas do próprio escritor tomam a ocupação dos personagens. O enredo torna-se uma sequência de notas de acontecimentos vividos por estas versões estendidas. Por fim, a imaginação é demitida. Afinal, um catálogo de acontecimentos íntimos parece algo muito mais sedutor. O resultado é um conjunto de estilos que orbitam a primeira pessoa — autoficção, ensaio pessoal, memórias, realismos confessionais, prosas em blocos — todos funcionando como variações de uma mesma estética. Isto tudo está  no livro de Kornbluh.

(Antes de avançar, é preciso explicar o que a autora chama de “mediação”. Para ela, mediação é todo o trabalho invisível, paciente e também estrutural, que transforma experiência em forma. Mediação é aquilo que dá espessura ao literário, aquilo que estabelece a distância para que o leitor “enxergue melhor”. O artifício necessário para  que o “eu” deixe de ser mero dado e se torne figura. Sem a mediação, a escrita não interpreta, apenas transmite.)

Chegamos, então, ao cerne da questão. Esse panorama não é casual, e ufa, nem um problema exclusivamente brasileiro. Precarizados, os autores se tornam empreendedores de si mesmos, transformando voz, trauma e trajetória em produto. O que ao início era vendido como emancipação estética e política, vira demanda e condição de existência. Para não sumir, é preciso produzir constantemente pedaços de si para alimentar o circuito do mercado. A primeira pessoa se torna commodity dentro do feed estabelecido pelo algoritmo.

Nosso elevador não se mexe. Então, vamos nos aprofundar. Chegou o maldito momento de citar Mark Fisher. A tese sobre o “cancelamento do futuro” (criada por Bifo Berardi) encontra aqui um equivalente estético, isto é: o que Fisher descreve no tempo, reaparece em Kornbluh na forma. Em Fantasmas da minha vida, o autor inglês descreve uma cultura em loop, presa a nostalgias, incapaz de projetar horizontes. Imediatez mostra como essa corrosão do tempo reaparece na construção literária: sem futuro e sem horizonte, a escrita adere ao presente; e a narrativa cola-se na experiência. Quando o futuro rareia, a ficção se fecha sobre o agora e o eu se intensifica.

A querela brasileira, portanto, não se resume à irritação com a primeira pessoa, nem precisa se reduzir a ressentimentos geracionais. (Afinal, já diria Mark: “A suposição de que os jovens estão automaticamente na vanguarda das mudanças culturais se tornou antiquada.”) É a literatura mundial que tem preferido refletir fielmente o instante a inventar o que não existe. Kornbluh, que não se sabe se conhece a literatura brasileira, usa como exemplo os longuíssimos livros de Karl Ove Knausgaard. A autora vê nos volumes de Minha luta um esvaziamento da construção ficcional na qual o autor emprega seu próprio nome e suas próprias relações para abolir a distância entre vida e livro. Karl Ove executa uma saturação do presente na narrativa que se alonga não para expandir o mundo, mas para reter a experiência. 

Se buscarmos no Google, poderíamos citar outro teórico, como Heikki Meretoja, que prefere analisar outra autora, Annie Ernaux, como exemplo dessa tendência mundial, destacando como ela articula experiência íntima, memória coletiva e economia de “histórias disponíveis”. Ao lado de Ernaux e Knausgaard, aparecem sistematicamente, como referências desse estilo, os nomes de Ben Lerner, Rachel Cusk, Édouard Louis, etc., como parte desse cluster do ciclo autoficcional global contemporâneo, legitimado pela crítica anglófona, prêmios mundiais e tradução em grande escala. Esses autores, para além dos livros, servem de fórmula para a conversão da experiência em capital simbólico. Note bem: não estamos discutindo as diferenças entre tais autores, o gosto dos leitores, ou  a qualidade dos textos aqui. Mas, sim explicando o nosso papel, pasmem, secundário, nessa engrenagem internacional. 

A autoficção de alta legitimação é uma tecnologia de soft power literário – uma forma estética produzida e consagrada no centro, que passa a organizar o desejo de reconhecimento na periferia do capitalismo. O elevador já está funcionando. Não temos muito mais tempo para esse monólogo para arranha-céus, so last century. Antes de nos despedirmos, anote aí outro livro: Combined and Uneven Development: Towards a New Theory of World-Literature. Quem escreveu foi o coletivo WReC (Warwick Research Collective), um grupo interdisciplinar de pesquisadores ligados à Universidade de Warwick, na Inglaterra (melhor que não fosse, mas é), formado por críticos literários, marxistas e estudiosos do sistema-mundo. Eles trabalham juntos para repensar a literatura mundial a partir de uma perspectiva materialista rigorosa, afastando-se de leituras cosmopolitas ou idealistas. 

O livro, afirma que a crise dos estudos de literatura mundial nasce de uma falha estrutural: a recusa em reconhecer que a chamada “literatura mundial” não é um mosaico livre de obras circulando em harmonia, mas o sistema literário do capitalismo, organizado por desigualdade, hierarquia e assimetria. Para o WReC os culpados são três. Primeiro, o idealismo que transforma capitalismo, modernidade e imperialismo em categorias culturais como “o Ocidente”, apagando a base material da violência econômica global. Segundo, o eurocentrismo disfarçado, que proclama cosmopolitismo mas mantém a Europa como eixo de referência, enquanto “os outros” entram apenas como decoração multicultural. Terceiro, os métodos que perpetuam a ilusão da igualdade: o comparatismo que imagina um “campo nivelado”, o fetichismo do multilinguismo como diversidade inocente, e a leitura atenta formalista que analisa textos como objetos autônomos, desligados das condições históricas que os produzem.

Contra esse tripé de mistificação, o WReC propõe substituir o idealismo por uma teoria materialista da literatura mundial, fundada no conceito de desenvolvimento desigual e combinado. Isso significa ler não apenas textos, mas as situações concretas e contraditórias às quais eles respondem dentro do sistema-mundo capitalista. As formas, os gêneros, as estratégias estéticas passam a ser registro das tensões históricas e não expressões de supostos “universais culturais”. Em vez do cosmopolitismo abstrato, teríamos então uma crítica que entende o mundo literário como um só sistema, interligado, mas radicalmente desigual, no qual a literatura registra  (e sofre) as mesmas forças que moldam o planeta. Eles devem ter lido Silviano Santiago, não? Bom, chegamos. Não, por favor, depois de você. Um feliz Natal e um próspero Ano Novo! Ainda bem que não falamos sobre poesia, hein?

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Redação Capital Brasília

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