Após levar a filha de 3 anos a uma unidade de saúde e alegar que a criança havia caído da cama, a mãe da menina, Vitória Andrade, mudou sua versão diante dos médicos. O exame de tomografia apontou lesões incompatíveis com a justificativa apresentada, levantando suspeitas da equipe médica. Pressionada, a mulher revelou que a filha vinha sofrendo agressões do padrasto, um homem de 33 anos que está foragido e é procurado pelas forças de segurança pública.
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A criança foi inicialmente atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do Rio de Janeiro, no último sábado (20/9). Devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
Por determinação da Justiça do Rio, a guarda da menina passou para a avó materna. A mãe, afastada do convívio da filha, usou as redes sociais para se defender, afirmando que “ninguém tem o direito de questionar” sua maternidade.
Veja a íntegra da mensagem postada:
“Ninguém tem o direito de me questionar como mãe, isso nunca! Eu criei a maior parte do tempo sozinha, no meu pior momento estive com elas, fazia cílios com elas no estúdio, sempre trabalhei ’em casa’ para ficar perto, poder dar atenção. Poderia ter abandonado, deixado alguém criar como muitas fazem, mas fui mulher e criei elas! Falem o que for de mim, mas como mãe não, não mesmo”
Imagens:
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Publicação da mãe da menina nas redes sociais
Reprodução/Redes Sociais
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Imagens de algumas lesões
Reprodução / Redes sociais
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Lesão no rosto da criança
Imagem cedida ao Metrópoles
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Presente para o paidrasto
Reprodução / Redes sociais
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Linneker Steven Siqueira Ramos Silva, que está foragido
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Agressor que espancou menina é procurado
Reprodução / Disque-denúncia
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Publicação do pai do agressor que está foragido
Reprodução / Redes sociais
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Nota da delegacia que apura o caso
Reprodução / Redes sociais
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Comentário do secretário da PCERJ ao post do deputado
Reprodução / Redes sociais
O foragido é Linneker Steven Siqueira Ramos Silva, filho do secretário de Esportes do município, Vanderlan Ramos Silva.
Em vídeo gravado pela avó paterna da criança, a menina detalha que “o tio Link” a agrediu e que a mãe viu a situação por uma “câmera”, momento em que ela confrontou o companheiro e o impediu de continuar agredindo.
Assista ao vídeo do relato da neta:
Mais detalhes:
- Linneker é procurado pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).
- Segundo a 159ª Delegacia de Polícia (Cachoeiras de Macacu), o investigado nunca compareceu à unidade para prestar esclarecimentos.
- Em uma publicação no Instagram, o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, foi enfático: “Vamos prender esse marginal”.
- O comentário foi uma resposta a um post do deputado estadual Renan Jordy (PL) sobre o caso.
- Diante da gravidade do caso, o inquérito foi concluído e enviado à Justiça, que expediu mandado de prisão preventiva por tentativa de feminicídio e tortura.
- As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo WhatsApp (21) 2253-1177, pelo telefone 0300 253 1177 ou pelo QR Code que está na foto (imagem acima).
“Não aceito qualquer forma de violência”
Nas redes sociais, o secretário de Esportes do município, Vanderlan Ramos Silva, pai do suposto agressor, disse que a maior preocupação dele no momento é a criança, que está recebendo acompanhamento médico e toda assistência necessária.
“Quero deixar claro que não aceito, nem jamais aceitarei qualquer forma de violência, pois trabalho diariamente com crianças e adolescentes”, afirmou.
A coluna Na Mira tenta localizar defesa das pessoas citadas. O espaço segue aberto para posicionamento.