Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontam que, na disputa pelas prefeituras, as candidaturas femininas correspondem a 15% do total de concorrentes ao cargo, o maior percentual desde 2000.
Em outubro, mais de 155,9 milhões de brasileiros irão às urnas para eleger prefeitos e vereadores em 5.569 municípios do país.
Segundo a CNM, em 101 cidades só há candidaturas femininas, ou seja, não há homens na disputa. Em 24 dessas cidades, há apenas uma candidata ao cargo, o que significa que a candidatura é única e é de uma mulher.
A Confederação Nacional dos Municípios elaborou um estudo com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral.
No total, a Justiça Eleitoral registra 15.455 candidaturas a prefeito. A participação feminina nesse total é de 15%, o que equivale a 2.311 candidatas ao Poder Executivo Municipal, distribuídas em 1.947 prefeituras do país. Destas, 18% concorrem à reeleição.
Apenas em 35% das cidades brasileiras há pelo menos uma candidata na disputa. Em 98% dos municípios, há pelo menos um homem concorrendo. O levantamento aponta ainda que a quantidade de candidatas supera a de candidatos homens em 189 cidades.
O número de candidaturas femininas cresceu nas últimas sete disputas eleitorais municipais, entre 2000 e 2024.
A CNM também analisou o perfil das candidaturas femininas. As candidatas têm, em média, 49 anos. Do total, 79% concluíram o ensino superior, 56% são casadas e 62% se declaram brancas. Elas declararam profissões como empresária, advogada, servidora, professora, entre outras.
Os dados mostram que aproximadamente 37% das candidaturas femininas estão localizadas no Nordeste. Em seguida, vêm as regiões Sudeste (28%), Sul (17%), Norte (10%) e Centro-Oeste (8%).
Mais da metade das candidatas (52%) são de cinco partidos: MDB (13%), PT (11%), PSD (10%), PL (9%) e União Brasil (9%).