Caso Lô Borges: entenda o que é intoxicação medicamentosa e os riscos

O cantor e compositor Lô Borges morreu nesse domingo (2/11), em Belo Horizonte, aos 73 anos. O artista estava internado desde 17 de outubro no Hospital Unimed Contorno, após um quadro de intoxicação por medicamentos.

De acordo com boletim médico divulgado na última sexta-feira (31/10), o músico chegou a apresentar melhora no quadro geral de saúde e conseguiu manter boa respiração com o auxílio dos equipamentos. No entanto, a morte foi confirmada pela unidade de saúde nesta segunda-feira (3/11).

5 imagensFechar modal.1 de 5

Lô Borges foi internado com intoxicação medicamentosa

Instagram/Reprodução2 de 5

Lô Borges é clicado durante uma de suas apresentações

Instagram/Reprodução3 de 5

Lô Borges estava internado há 10 dias

Instagram/Reprodução4 de 5

Internado na UTI, Lô Borges precisava de ventilação mecânica

Instagram/Reprodução5 de 5

Cantor e compositor Lô Borges

Reprodução

O que é uma intoxicação medicamentosa?

A intoxicação medicamentosa ocorre quando há uso excessivo, inadequado ou combinação indevida de remédios. A médica generalista Milena Ricardo Alves Moreira, do Hospital Mater Dei Goiânia, explica que a condição pode surgir tanto pelo consumo acidental quanto pelo uso incorreto.

“Pode acontecer por ingestão de doses acima do recomendado, erro na administração ou interação entre diferentes medicamentos tomados juntos”, afirma. Segundo a médica, cada fármaco tem uma dose máxima e um intervalo seguro entre uma tomada e outra, que precisam ser respeitados para evitar complicações.

Leia também

Mesmo medicamentos de uso comum ou vendidos sem receita podem representar perigo se usados de forma inadequada.

“Anti-inflamatórios, por exemplo, podem causar lesões nos rins, e analgésicos em excesso podem afetar o fígado e alterar o nível de consciência. Já os antidepressivos, quando usados incorretamente, podem provocar rebaixamento da consciência”, acrescenta Milena.

Os principais riscos estão ligados a danos nos rins e no fígado, além da possibilidade de o paciente perder a capacidade de respirar sozinho. Diante de sinais como dificuldade respiratória, vômitos persistentes ou desorientação, é fundamental buscar atendimento médico imediato.

Sintomas

Os sintomas variam conforme a substância e a quantidade ingerida. Em casos mais leves, podem aparecer náuseas, dor abdominal e sonolência. Já nas situações graves, há risco de alterações no ritmo cardíaco, convulsões, dificuldade para respirar e perda de consciência.

O que fazer diante de uma suspeita de intoxicação medicamentosa?

Segundo informações do Hospital Israelita Albert Einstein, a intoxicação por medicamentos é considerada uma emergência médica. Por isso, a orientação é não tentar resolver o problema em casa.

“Provocar o vômito é totalmente contraindicado”, alerta a instituição. O ideal é chamar o serviço de urgência e informar aos profissionais o nome do remédio envolvido e a possível quantidade ingerida.

A duração da intoxicação depende do tipo e da dose da medicação. O quadro pode ser agudo, quando o medicamento é ingerido em curto intervalo de tempo, ou crônico, quando há acúmulo de doses ao longo de dias ou semanas.

Para evitar riscos, Milena recomenda que todo paciente tenha acompanhamento médico e farmacêutico de confiança, mesmo no uso de remédios de venda livre.

“Até medicamentos considerados simples podem trazer prejuízos à saúde se usados sem orientação. O ideal é nunca se automedicar”, afirma.

Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Sair da versão mobile