Originário do Mediterrâneo, o louro é utilizado há muito tempo como tempero e também em preparações medicinais tradicionais. Já o cravo-da-índia, vindo da Ásia, se destacou historicamente no comércio de especiarias e, ainda hoje, segue presente na culinária e na preparação de chás anti-inflamatórios.
O chá feito com louro e cravo é conhecido por auxiliar a digestão, favorecer o equilíbrio da glicemia e oferecer efeito anti-inflamatório. A bebida se tornou popular justamente pela combinação de compostos naturais que podem contribuir para o bem-estar diário.
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Compostos do chá de louro com cravo
O chá de louro e cravo é consumido principalmente para auxiliar a digestão e reduzir desconfortos gastrointestinais, como gases e inchaço abdominal. A bebida pode estimular levemente o metabolismo e aumentar a sensação de saciedade, fatores que contribuem para quem busca emagrecer de forma saudável.
Os compostos antioxidantes presentes nas duas plantas ajudam a proteger as células contra o estresse oxidativo e também podem influenciar a sensibilidade à insulina, colaborando com o equilíbrio do açúcar no sangue. Além disso, o chá também é usado para aliviar sintomas respiratórios leves, como tosse e congestão nasal.
Felipe Cezar, nutrólogo do Espaço Hi, em São Paulo, explica que o cineol do louro atua como expectorante natural, enquanto o eugenol do cravo protege as células do corpo e pode reduzir inflamações leves na garganta e vias respiratórias.
“O louro também contribui com polifenóis que auxiliam na proteção das células contra estresse oxidativo”, explica.
Outro ponto importante é que o consumo regular do chá também pode fortalecer o sistema imunológico, já que louro e cravo apresentam propriedades antibacterianas e antifúngicas que ajudam a proteger o organismo e prevenir infecções comuns.
Principais benefícios do chá de louro com cravo
- Alívio de sintomas respiratórios.
- Melhora da digestão e alívio de gases.
- Apoio ao emagrecimento e no controle da glicemia.
- Auxílio na regulação do colesterol.
- Sensação de saciedade e estímulo ao metabolismo.
Modo correto de preparo do chá de louro com cravo
Para aproveitar os benefícios da bebida, o ideal é ferver 300 ml de água e, depois de desligar o fogo, acrescentar de duas a três folhas de louro secas com três a quatro cravos-da-índia. A infusão deve descansar por cerca de 10 minutos.
O consumo indicado é de até duas xícaras por dia, preferencialmente após as refeições. Preparar em concentrações muito altas ou em grandes quantidades pode aumentar os riscos de efeitos adversos, como irritação gástrica. Por isso, o recomendado é manter as proporções moderadas e evitar o uso contínuo por períodos prolongados.
Antes de colocar o chá na rotina, é recomendado procurar um profissional de saúde. O chá também não faz milagre: os efeitos só são percebidos quando acompanhados de dieta equilibrada e exercícios regulares.
Contraindicações do chá de louro com cravo
Embora seja considerado seguro quando consumido de forma moderada, Felipe Gazoni, médico pós graduado em nutrologia, de Santo André, em São Paulo, conta que o chá pode causar efeitos indesejados se misturado com alguns medicamentos específicos.
“Em pessoas que utilizam medicações de uso contínuo, especialmente ansiolíticos e anti-hipertensivos, o chá de louro com cravo pode representar riscos por interações farmacológicas e potencialização de efeitos. No caso dos ansiolíticos, pode ocorrer sonolência acentuada, tontura ou queda da atenção, potencial somatório com benzodiazepínicos”, esclarece.
Os especialistas ouvidos pelo Metrópoles alertaram sobre os principais cuidados necessários com o chá de louro com cravo. Entre eles, destacam-se:
- Uso excessivo: pode provocar irritação no estômago e sobrecarregar fígado e rins.
- Hipertensos: o louro tem leve efeito de redução da pressão arterial, o que pode potencializar o efeito de remédios anti-hipertensivos.
- Usuários de ansiolíticos: há risco de sonolência excessiva e tontura, já que o chá pode somar efeitos aos medicamentos.
- Gestantes e lactantes: o consumo deve ser evitado sem orientação médica devido à falta de estudos sobre segurança nessa fase.
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