Empresário e dono da Império das Maquiagens (IDM), Victor Albuquerque Medeiros (foto em destaque) é um dos investigados na Operação Makeup, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta terça-feira (21/10).
Segundo as investigações, Victor é um dos envolvidos no esquema de sonegação fiscal que ultrapassaram valores de R$ 18 milhões. Além disso, um dos 11 mandados de busca e apreensão foi cumprido em sua residência.
Na casa do empresário, foram encontrados três carros avaliados em mais de R$ 1 milhão. Ele tinha o hábito de ostentar esses veículos em sua rede social, além de mostrar uma vida de luxo, com publicações de viagens e passeios de lancha.
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Na legenda das publicações, ele sempre ressaltava que “toda conquista” era um “sonho realizado” dele.
Em setembro deste ano, a Império das Maquiagens foi alvo de outra operação, por suposta comercialização de produtos falsificados.
Nas redes, o empresário havia se manifestado sobre o ocorrido e disse que “sempre correu pelo certo”. Veja a mensagem postada:

O Metrópoles entrou em contato com o empresário, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para atualização.
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Operação Makeup
Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/Decor), em conjunto com a Receita do Distrito Federal, deflagraram na manhã desta terça-feira (21/10) a Operação Makeup, para cumprir 11 mandados de busca e apreensão contra esquema de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa.
A PCDF disse que não irá informar o nome dos investigados. A coluna, porém, apurou que o principal alvo da ação é a Império da Maquiagem (IDM).
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Quatro veículos de luxo foram apreendidos
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Somados atingem o valor de R$ 4,4 milhões, segundo avaliações do mercado
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Em endereços dos mandados de busca e apreensão, contadores de dinheiro também foram encontrados
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A PCDF disse que não irá informar o nome dos investigados
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A coluna, porém, apurou que o principal alvo da ação é a Império da Maquiagem (IDM)
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As ordens judiciais são cumpridas em distribuidoras, escritórios de contabilidade e residências dos investigados
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Em regiões como Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way.
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A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores de empresários, contadores e “laranjas” até o limite da dívida tributária, que ultrapassa R$ 18 milhões
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As ordens judiciais são cumpridas em distribuidoras, escritórios de contabilidade e residências dos investigados, nas cidades de Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores de empresários, contadores e “laranjas” até o limite da dívida tributária, que ultrapassa R$ 18 milhões.
A investigação, iniciada há seis meses, apurou a existência de organização criminosa atuante no setor de cosméticos no DF e no Rio de Janeiro desde 2019. Empresários e contadores estariam envolvidos em esquema de sonegação de ICMS por meio da criação de empresas fictícias.
O grupo abria empresas em série, vendia produtos como maquiagens e perfumes sem recolher o imposto devido e, ao acumular dívidas, transferia as firmas para “laranjas” e declarava falsamente a mudança de sede para espaços de coworking. Em seguida, abriam novos CNPJs e reiniciavam as atividades com o mesmo modelo fraudulento.
Mais detalhes:
- Participam da operação cerca de 60 policiais civis, entre delegados, agentes, escrivães e peritos, além de auditores da Receita.
- A apuração também identificou que os investigados usaram os lucros ilícitos para adquirir veículos de luxo, imóveis em nome de terceiros e abrir novas filiais, ampliando o esquema.
- Os investigados podem responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica, com penas que somam até 26 anos de prisão.