A mulher conhecida como “Japinha do CV”, apontada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como uma das principais combatentes e linha de frente do Comando Vermelho (CV), morreu em confronto com forças de segurança durante a Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
Segundo informações apuradas pela coluna Na Mira, a criminosa, também chamada de “Penélope”, teria resistido à abordagem policial e atirado contra os agentes. Durante o tiroteio, ela foi atingida no rosto e morreu ainda no local.
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Imagens e vídeos do corpo da mulher circularam nas redes sociais logo após o confronto, gerando indignação da família. A irmã de Penélope fez um apelo público pedindo o fim da divulgação das fotos.
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Mensagens no X para Japinha do CV
Reprodução/Redes Sociais
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Pedido dos familiares
Reprodução / Redes sociais
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Japinha do CV teve rosto esfacelado com tiro de fuzil
Material cedido ao Metrópoles
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Foto nas redes sociais
Reprodução/Redes sociais
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Japinha com fuzil
Imagem cedida ao Metrópoles
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Foto de fuzil com ursinhos
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Corpo de Japinha no chão
Avanço do CV
“Pessoal, aqui é a irmã da Penélope. Entrem no Instagram dela pra postar essa mensagem, por favor parem de postar as fotos dela morta, eu e minha família estamos sofrendo muito”, escreveu. Ela informou que o perfil da irmã será usado para homenagens póstumas.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro atualizou na manhã de quinta-feira (30) o número de mortos na megaoperação: 121 pessoas.
A ação, que se tornou a mais letal da história do país, teve como objetivo conter o avanço territorial do Comando Vermelho e cumprir cerca de 100 mandados de prisão nas comunidades do Alemão e da Penha.
Cerca de 2.500 agentes das Polícias Civil e Militar participaram da ofensiva. Segundo o balanço do governo do estado, 54 corpos foram encontrados no dia da operação e outros 63 foram localizados por moradores em uma área de mata do Complexo da Penha, na quarta-feira (29). Entre as vítimas estão também quatro policiais — dois civis e dois militares.
A operação, que também mirava criminosos de outros estados, incluindo membros do CV vindos do Pará, foi considerada pelo governo fluminense um “golpe duro contra o crime organizado”.
Enquanto as autoridades comemoram o resultado, organizações de direitos humanos e moradores das comunidades cobram investigações sobre excessos e possíveis execuções durante a ação.