A epidemia de dengue, que já foi bastante forte no ano passado, deve ser ainda pior este ano. De acordo com o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, em 2025 já são 72 mortes confirmadas causadas pela doença e mais de 257 mil casos prováveis em todo o Brasil.
Essa previsão de um aumento no número de casos de dengue se deve ao volume elevado de chuva neste início de ano. Como o Aedes aegypti depende de água para se reproduzir, a temporada chuvosa aumenta o número de criadouros da larva do mosquito. Em razão disso, as taxas de transmissão da doença aumentam.
“Como a temporada de dengue do ano passado já foi intensa, a tendência é que ela seja ainda maior, já que, em geral, os criadouros do ano anterior permanecem sem ser limpos”, pontua o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo, Marcelo Ducroquet.
O principal alerta, no entanto, é para as pessoas que já tiveram dengue, pois correm um risco maior de desenvolver dengue grave na segunda infecção. “Ao ocorrer a reinfecção, os anticorpos da primeira doença chegam a reconhecer o vírus, mas não conseguem neutralizar o novo tipo. Por isso, o organismo acaba facilitando a dissipação do vírus na célula, fazendo com que a dengue seja mais grave”, explica.
No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti
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