Crianças foram obrigadas a conviver com cadáver de irmã dentro de casa

Uma cena de horror foi descoberta em uma em uma casa, onde dois irmãos, de apenas 5 anos e 8 meses, conviveram por  semanas com o corpo da irmã de 8 anos, já em estado de esqueletização, encontrado sobre a cama. A vítima, que tinha deficiência física, foi localizada após vizinhos arrombarem a porta da casa, denunciando o abandono e a negligência da mãe. O caso ocorreu no Morro do Urubu, no bairro de Piedade, zona Norte do Rio de Janeiro.

O caso veio à tona após a prisão da mulher na última quarta-feira (3/9). Nesta sexta-feira (5), a juíza Laura Noal Garcia converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, destacando a gravidade dos fatos e a necessidade de preservar a integridade física e psicológica dos outros filhos.

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Em sua decisão, a magistrada ressaltou que vizinhos e parentes já tinham conhecimento da negligência da mãe, que seria usuária de entorpecentes e mantinha as crianças em condições insalubres, sem alimentação e higiene. “A custódia cautelar é necessária para garantia da instrução criminal, a fim de que as testemunhas compareçam em audiência livres de temor e para preservar a integridade física e psíquica dos demais descendentes da custodiada, que, ao que tudo indica, foram expostos a ambiente e condições insalubres”, afirmou a juíza.

Filhos sobreviventes

As investigações apontam que os dois filhos sobreviventes conviviam com o cadáver da irmã, enquanto a mãe se ausentava de casa durante a noite. Além disso, a mulher teria impedido, diversas vezes, a entrada de assistentes sociais e do conselho tutelar, mesmo após denúncias de maus-tratos.

A juíza rejeitou o pedido de prisão domiciliar da defesa, alegando que a acusada representa risco para os próprios filhos. O caso segue sob investigação, enquanto os dois irmãos menores foram resgatados e devem ser acompanhados por órgãos de proteção à infância.

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