O delegado-chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA/Cepema), Jonatas Silva (foto em destaque), responsável por operações para combater maus-tratos, foi ameaçado de morte pelas redes sociais.
“Se você me denunciar, te mato na rua”, ameaçou um perfil pelo Instagram. Na mensagem, o usuário ainda declarou que teria matado diversas pessoas no presídio.
Segundo o delegado, a ameaça de morte foi enviada por uma mensagem direta, o direct Instagram, em 14 de dezembro. Jonatas Silva só visualizou o texto na noite de terça-feira (30/12).
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“Parece ser uma pessoa perturbada”, pontuou Jonatas. De acordo com o delegado, a princípio, trata-se de um perfil fake; por isso, ainda não é possível dizer se a ameaça tem ligação com alguma investigação da DRCA.
O perfil tem a foto de um senhor com a roupa do FBI, mas não tem seguidores, não segue outros usuários e não tem publicações. “Criou esse perfil só para ameaçar mesmo”, completou.
Investigação
O delegado pediu para a equipe da DRCA registrar boletim de ocorrência e comunicar o caso à Corregedoria da Polícia Civil (PCDF).
A direção da Meta, empresa responsável pelo Instagram, será acionada para preservar as provas digitais necessárias para os investigadores chegarem ao autor da mensagem.
Duas ameaças
Jonatas conduz a DRCA há dois anos. Esta foi a primeira ameaça recebida pelas redes sociais. No entanto, também recebeu uma pessoalmente durante a prisão de um suspeito.
Segundo o delegado, as intimidações não vão mudar o trabalho da DRCA. “Interpreto essa ameaça como um sinal de que a delegacia está fazendo o trabalho correto, que precisa ser feito”, destacou.
De acordo com Jonatas, as operações da DRCA estão mudando o comportamento da sociedade e garantindo os direitos dos animais.
“Estamos mudando a cultura das pessoas de que o animal é lixo e que pode ser tratado de qualquer forma. Isso está sendo modificado, desmistificado. É o caminho certo. O trabalho da DRCA vai continuar forte”, ressaltou.
Crimes
Além dos maus-tratos, a DRCA investiga crimes como tráfico e exploração de animais. “Quem tenta calar uma autoridade policial não ataca uma pessoa, ataca a própria Justiça”, completou.
Segundo o delegado, ameaças não intimidam o Estado. “Nosso compromisso permanece inalterado, proteger os animais, cumprir a lei e defender a sociedade”, frisou.
