Nesta quarta-feira (8), o país relembrará os dois anos do ataque golpista às instituições democráticas, com eventos organizados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não estará presente nas cerimônias, devido a uma “viagem ao exterior, programada anteriormente”, segundo sua assessoria. O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), primeiro-vice-presidente do Senado, representará Pacheco nos atos.
As cerimônias planejadas pelo presidente Lula incluem discursos de autoridades, um abraço simbólico à Praça dos Três Poderes e a reapresentação das obras de arte que foram danificadas e posteriormente restauradas após os ataques de 2023. O evento contará com a presença de ministros do governo e comandantes das Forças Armadas: general Tomás Paiva (Exército), tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica) e almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha).
Apesar da convocação, lideranças como o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) também não devem comparecer. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda não confirmou presença, após ter se ausentado da cerimônia do ano passado no Congresso.
Às 14h desta quarta-feira, o STF promoverá uma roda de conversa com servidores e colaboradores que participaram da limpeza e reconstrução das instalações após a invasão. O vice-presidente da Corte, ministro Edson Fachin, abrirá o encontro, que também incluirá a entrega de obras de arte produzidas com destroços da invasão, criadas por quatro artistas plásticos de Brasília.
Além disso, o Supremo lançará uma página de memória na internet, reunindo informações sobre os ataques, os danos ao prédio, o processo de reconstrução e as ações para responsabilizar os envolvidos.
Os atos simbólicos visam reforçar o compromisso com a democracia e destacar os esforços para superar o impacto causado pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. As ausências de lideranças importantes, no entanto, geram questionamentos sobre a unidade política em torno da defesa das instituições democráticas.