Em reviravolta que lança novas luzes sobre um caso sensível envolvendo o Judiciário, a estagiária Isadora Maria Tomaz declarou em juízo que mentiu na denúncia feita anteriormente contra o Juiz Phillippe Melo Alcântara Falcão. Segundo a jovem, os fatos narrados decorreram de um mal-entendido, e sua nova manifestação veio acompanhada de documentos e registros que, de acordo com ela, comprovam a espontaneidade da retratação.
A defesa do juiz alegado como envolvido sustentava, desde o início, que as acusações eram falsas e apresentava provas consideradas robustas, como áudios e trocas de mensagens, nas quais a própria Isadora reconheceria a inconsistência das alegações.
A decisão que reconheceu o direito da jovem de rever sua versão partiu do desembargador Tutmés Airan. No entanto, a escolha do magistrado para conduzir o caso levanta questionamentos, Tutmés já respondeu a uma ação criminal por maus-tratos a mulheres, o que, para especialistas, poderia comprometer a imparcialidade necessária ao julgamento de casos com essa natureza. Diante disso, cresce a cobrança por uma apuração mais aprofundada e pela eventual revisão do processo por um outro membro do tribunal, a fim de garantir isenção e credibilidade à condução dos trabalhos.
O episódio reacende o debate sobre a responsabilidade nos processos judiciais, os riscos das denúncias precipitadas e a necessidade de cautela e rigor na apuração dos fatos, especialmente quando envolvem agentes públicos e questões de reputação e integridade institucional.
Veja a DECISÃO MONOCRÁTICA: 0720555-89.2025.8.02.0001-1