Cinco filhos foram acusados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) de furtar cerca de R$ 500 mil da mãe idosa ao longo de 13 anos. A vítima, hoje com 91 anos, teria sido, ainda, coagida a entregar a administração de bens, como um apartamento, e obrigada a morar com amigos.
De acordo com a investigação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin), desde 2012 os filhos uniam esforços para obter vantagem sobre a mãe.
Eles teriam se apropriado de imóveis no Distrito Federal e na Bahia, além de vender um carro que pertencia à vítima.
O caso foi apresentado ao Ministério Público do DF e dos Territórios (MPDFT), que apresentou denúncia contra os filhos da idosa.
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Segundo a investigação, a vítima construiu, ao longo da vida e em conjunto com o falecido marido, um “vasto patrimônio, composto por empresas e imóveis de alto valor”.
“Valendo-se da confiança dos genitores e da avançada idade dos mesmos, os denunciados, unidos pelo propósito criminoso, passaram a dilapidar o patrimônio familiar em benefício próprio”, detalhou o MPDFT.
Uma das filhas centralizava as operações, recebendo em conta pessoal “vultosos valores oriundos da venda de imóveis da vítima, sem prestar contas e sem repassar os devidos montantes à genitora”, completa.
Uma das maiores vendas, foi a de um apartamento na SQS 206, comercializado por R$ 1,6 milhão.
“Para garantir o sucesso da empreitada criminosa, os denunciados coagiram psicologicamente a vítima a anuir com as vendas e a assinar documentos, sob falsas promessas de que lhe seria adquirido um imóvel menor e garantida uma velhice digna, o que jamais ocorreu”, disse o MP.
O MP pede que os acusados sejam sentenciados pelo crime de crime de apropriação ou desvio de bens e paguem indenização por danos morais e materiais em favor da idosa, no valor de R$ 500mil. Se condenados, cada um dos filhos pode pegar até 33 anos de reclusão.
Agora, cabe à Justiça aceitar ou não a denúncia.