Francisco Edson Pereira, 53 anos, conhecido como o criminoso há mais no tempo foragido no Distrito Federal, será julgado pelo tribunal do júri do Gama nesta terça-feira (11/11), mais de 25 anos após cometer um homicídio.
Em 1º de maio de 1999, Francisco esfaqueou José Eroaldo Ferreira de Menezes na Q10 do Gama. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. Na época do assassinato, o homem trabalhava como repositor de um supermercado da região.
Após investigações, o nome de Francisco foi mencionado como autor do crime e, após a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), em 21 de março de 2000, uma mandado de prisão preventiva foi expedido.
Contudo, desde então, ele permaneceu desaparecido, tornando-se o foragido procurado há mais tempo no DF.
Segundo a denúncia, o crime foi resultante de desavenças anteriores entre o réu e a vítima, além do emprego de recurso que dificultou a defesa, já que o acusado aproximou-se repentinamente de José Eroaldo e o atacou de forma súbita.
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Em 2013, o tribunal determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional, já que o réu não compareceu nem constituiu advogado. O caso voltou à tona apenas em 2024, quando a Promotoria de Justiça do Gama retomou as diligências para localizá-lo.
Francisco foi foi encontrado e preso em 24 de fevereiro de 2025, em um sítio na zona rural de Rorainópolis (RR). Segundo os policiais civis que o prenderem, ele usava nome falso.
Segundo o promotor Marcelo Henrique de Azevedo Souza, Francisco contou, em depoimento, que, ao fugir do DF, foi para Rondônia, onde viveu por cinco anos.
“Na fuga, ele sempre trabalhou na área do campo, em lavouras, na roça. Na ocasião, ele tentou se desvencilhar da abordagem policial dizendo que o nome dele é Francisco Adriano. Mas, depois, acabou reconhecendo para os policiais que era de fato o Francisco Edson e tinha se evadido do Gama na década de 90 por ter matado uma pessoa. E foi preso”, contou.
O acusado foi conduzido para a capital, Boa Vista, e, na sequência, para a Papuda, no DF.