Grupo que usava pizzaria para traficar maconha e cocaína é condenado

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou oito pessoas envolvidas em um esquema de tráfico de drogas. Preso na Operação Los Hermanos, o grupo utilizava comércios de fachada, como pizzaria e agropecuárias, para distribuir drogas e ocultar o dinheiro obtido com a atividade criminosa.

As penas aplicadas aos envolvidos variam de 3 a quase 8 anos de prisão. Entre eles, estão Poncito de Oliveira Brum e Davy Martins Bonfim, apontados pela investigação como responsáveis por articular a comunicação entre todos os membros da quadrilha.

Os dois foram condenados a 3 anos e 10 meses de reclusão, além de 760 dias-multa cada, segundo o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).

Relembre o caso:

Esquema

Segundo a investigação, o grupo funcionava dividido em dois núcleos conectados por Poncito. O primeiro deles era chefiado pelos irmãos Davy e Danilo Bonfim Martins, que atuavam no comércio de maconha e cocaína.

Eles utilizavam uma pizzaria no Guará como fachada para movimentar o dinheiro do tráfico. Danilo está entre os cinco réus que receberam pena de 3 anos de prisão e 700 dias-multa.

O segundo núcleo reunia José Genilson de Sousa da Silva, Wanderson Silva de Sousa, Danillo da Silva Santos, Jussara Joullié de Aguiar e Fernando Santiago Cavalcante.

Esse grupo era responsável pela distribuição de cetamina — anestésico de uso controlado que tem efeito alucinógeno quando usado de forma recreativa — e de ecstasy. Todos eles receberam pena de 3 anos de prisão, com exceção de José Genilson.

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Ligado também a lavagem de dinheiro por meio de agropecuárias em Valparaíso (GO), José Genilson recebeu a pena mais alta entre os réus: 7 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão, além de 800 dias-multa.

As agropecuárias eram administradas por ele e pelo irmão, Antônio de Souza, que não foi localizado. O processo de Antônio está suspenso, à espera de citação.

Todos os condenados poderão recorrer da sentença em liberdade. Um dos denunciados, Leonardo Vieira da Silva, foi absolvido por falta de provas.

A reportagem não localizou a defesa dos condenados. O espaço segue aberto.

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