Homem morre de ataque cardíaco após ser diagnosticado com amigdalite

Michael Reynolds, de 29 anos, acreditava que estava lidando com uma dor de garganta comum, mas seu quadro evoluiu rapidamente, levando a um ataque cardíaco apenas dois dias após o diagnóstico errado de amigdalite.

Em 29 de novembro de 2023, o homem, que trabalhava como motorista de caminhão no Reino Unido, procurou um clínico geral reclamando de dor de garganta, inchaço e uma tosse persistente que já durava dois meses.

Ele foi liberado para casa com um spray nasal de esteroides, e encaminhado para fazer uma radiografia de tórax, sem ser orientado a procurar atendimento de urgência.

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No dia seguinte, os sintomas pioraram. Michael não conseguia mais engolir e relatou ao médico, em uma consulta de urgência, que tinha a sensação de que a garganta estava se fechando. Ele estava com febre alta e precisava cuspir em uma tigela porque não conseguia engolir a saliva.

Apesar de expressar claramente o desespero que sentia, o médico o diagnosticou com amigdalite e prescreveu antibióticos orais, sem encaminhá-lo ao pronto-socorro para uma avaliação geral.

Após buscar a receita na farmácia, Michael retornou para casa em Lincolnshire, na Inglaterra, acompanhado da esposa Charlotte. Pouco depois, desmaiou e teve uma convulsão. Ele foi levado às pressas para o hospital, mas morreu na manhã seguinte, em 1º de dezembro.

 O que é um ataque cardíaco?

Investigação aponta erro médico

A autópsia revelou que Michael sofreu uma parada cardíaca hipóxica causada pelo fechamento da garganta devido à epiglotite, inflamação grave em que a aba que cobre a traqueia incha, impedindo a passagem de alimentos e líquidos nas vias aéreas.

O legista concluiu que houve um erro em não encaminhá-lo ao pronto-socorro, o que poderia ter permitido atendimento mais rápido e possivelmente evitado a morte.

Michel e o filho Jacob, que tinha alguns meses de vida quando o pai faleceu

A esposa de Michael, Charlotte, de 31 anos, falou sobre a dor da perda em entrevista ao portal Daily Mail. “Ver Jacob (filho do casal) crescer sem o pai ao lado é devastador e sentimos falta de Michael todos os dias. Ele significava tudo para nós e perdê-lo deixou um vazio enorme em nossas vidas que nunca desaparecerá”, afirmou.

Ela espera que compartilhar a história de Michael ajude outras pessoas a reconhecer sinais de alerta e buscar ajuda imediata. “Tudo o que posso esperar agora é que, ao compartilhar nossa história, isso possa levar a melhorias no atendimento e a mais conscientização sobre os sinais de epiglotite. Eu não gostaria que ninguém passasse pelo que passamos”, afirmou.

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