Manoela Hungria, irmã do cantor Gustavo Hungria, falou sobre o quadro de saúde do rapper, na tarde desta quinta-feira (2/10). O artista, de 34 anos, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star após apresentar cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica, sintomas que indicam suspeita de intoxicação por metanol.
6 imagens



Fechar modal.
1 de 6
Manoela Hungria, irmã do cantor de hip-hop Hungria
Divulgação
2 de 6
Sem previsão de alta, Hungria está estável e consciente
Instagram/Reprodução
3 de 6
Cantor foi internado nesta quinta-feira
Reprodução/Internet.
4 de 6
Hungria está no Hospital DF Star
Imagem cedida ao Metrópoles
5 de 6
Gabi Sampaio, mãe da filha de Hungria, se pronunciou sobre o caso
Instagram/Reprodução
6 de 6
Fãs e amigos famosos também reagiram à notícia da internação do artista
Instagram/Reprodução
Manoela contou que recebeu uma ligação do artista pedindo ajuda logo pela manhã. “Ele me ligou por volta de 8h20, falando que estava passando muito mal e que estava precisando de ajuda. Eu pensei que ele estava brincando, até que ele disse: ‘Estou com muito gosto de gasolina na boca e estou muito fraco’. Eu me assustei”, declarou a irmã, na porta do DF Star.
Os parentes, então, acionaram uma ambulância, que encaminhou Hungria à unidade de saúde. Ele deve passar por hemodiálise pelas próximas 72 horas.
A irmã do cantor revelou que, após ser internado, Hungria ingeriu etanol para desintoxicação. “Ele teve que beber aproximadamente 200 ml de álcool. Os médicos explicaram que o álcool não é tóxico para o corpo, então, é melhor que tenha álcool [no corpo] do que o metanol, porque o metanol é tóxico”. O tratamento de escolha contra a intoxicação por metanol muitas vezes envolve administrar mais álcool ao paciente.
A intoxicação por metanol não está confirmada. “A gente acredita que realmente pode ter sido intoxicação por metanol pelo fato de ele nunca ter sentido essas reações e pelo fato do gosto de gasolina na boca”, aposta a irmã.
“[A intoxicação por metanol] realmente pode matar. E o médico foi muito claro: se ele não tivesse chegado rápido aqui no hospital, poderia haver mais complicações ou de repente até uma notícia ruim para todos nós.”
Ao lado de Manoela, o irmão de Hungria, Leandro Hungria, aproveitou o espaço para rechaçar que o caso envolvendo o rapper seja algum tipo de ação falsa “É interessante frisar que tem algumas indagações de autoridades aqui do DF de que todo esse acontecimento foi feito para gerar like”, diz Leandro, alegando que recebeu perguntas nesse sentido.
“É impossível, e até de muita má-fé, usar isso [a internação de Hungria] para falar que um artista está usando essa polêmica para ganhar like. Podem falar com todos os médicos, os exames estarão à disposição. Isso não tem nada a ver com gerar engajamento, ainda mais diante desse grande problema de saúde nacional”, encerrou Leandro Hungria.
De acordo com boletim médico divulgado na tarde desta quinta pelo Hospital DF Star, Hungria “encontra-se internado em unidade de terapia intensiva, sem alterações visuais e com quadro clínico estável, consciente, orientado e com respiração espontânea. Iniciou tratamento específico e hemodiálise para eliminação da substância tóxica”. Não há previsão de alta hospitalar.
O médico infectologista do DF Star Leandro Machado explicou que a infecção por metanol não está confirmada. “Ainda não existe nenhum quadro confirmado, a gente não tem nenhum exame confirmando que [o rapper] foi intoxicado por metanol”, disse o médico. “Ele tem todos os sintomas [de intoxicação por metanol], e como a complicação é grave, a gente optou por tratar como intoxicação por metanol”, explicou.
Leia também
Cantor em observação
Hungria foi internado às pressas, na manhã desta quinta-feira (2/10), com sintomas compatíveis com o consumo de metanol. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou a confirmar, em coletiva de imprensa, que o artista estava intoxicado pela substância, mas voltou atrás e alertou que ainda faltam resultados de exames.
O músico apresentou cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. Na noite dessa quarta-feira (1º/10), ele comprou bebida alcoólica na distribuidora Amsterdan, em Vicente Pires, antes de ir à casa de amigos, na mesma região administrativa.
O estabelecimento foi fechado pela Polícia Civil do DF (PCDF) e pela Vigilância Sanitária do DF por não apresentar licença para funcionamento. A distribuidora nem sequer o processo de entrega das documentações necessárias para regularizar a situação, isto é, não apresentou declaração ao Corpo de Bombeiros, à DF Legal, à Defesa Civil, à Vigilância Sanitária e ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Lotes de bebidas alcoólicas como uísque, vodca e gin, contidos na distribuidora, foram apreendidos e vão passar por análise no Instituto de Criminalística (IC) da PCDF, que tem competência para identificar metanol.