William Silva Miranda, conhecido como Chuchu ou Papai, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Samambaia a 31 anos e 3 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio de Samuel Soares Marques, de 14 anos, que foi torturado e teve uma das mãos amputada antes de ser assassinado.
O juiz Carlos Alberto Silva classificou o crime como de “brutalidade fora do comum”. Segundo a sentença, William, integrante da facção Comboio do Cão (CDC), foi o mandante da execução, ordenando a morte de Samuel após o adolescente contrair uma dívida de drogas.
Ruan Felipe Barbosa Oliveira
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Mateus Cruz Souza
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William Silva Miranda
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Corpo de Samuel Soares Marques foi encontrado degolado e sem uma das mãos
Reprodução/Redes Sociais
Relembre o caso
Samuel foi encontrado em abril, em um matagal de Samambaia, com 32 facadas, o pescoço cortado e uma das mãos amputada. A investigação indicou que ele havia sido cooptado pelo grupo criminoso e atuava como “soldado” do tráfico, mas acabou morto “para servir de exemplo” aos demais integrantes da facção.
Outros dois envolvidos — Ruan Felipe Barbosa Oliveira e Matheus Cruz Souza — também foram condenados, a 21 anos e 10 meses e 28 anos de prisão, respectivamente. Durante o julgamento, o magistrado destacou a frieza dos réus, que chegaram a rir e comemorar o crime em conversas gravadas.
A decisão manteve a prisão preventiva dos condenados, afirmando ser “imprescindível para a garantia da ordem pública” diante da gravidade do caso. O Ministério Público denunciou o grupo por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
