Juiz de Curitiba segue ordem de Toffoli e tranca ação da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht

O executivo foi condenado a 19 anos de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Foto: Geraldo Bubniak

O juiz Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba, trancou na última sexta-feira (19), uma ação penal da Lava Jato contra o executivo Marcelo Odebrecht.

Em 2016, o ex-juiz Sergio Moro condenou Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses de reclusão pela prática dos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na ocasião, também foram condenados os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque; o ex-gerente da estatal Pedro Barusco; os ex-executivos da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Cesar Ramos Rocha, Marcio Faria da Silva e Rogerio Santos Araujo; e o doleiro Alberto Youssef.

Toffoli, em maio deste ano, anulou todos os atos praticados na “lava jato” contra Marcelo Odebrecht e ordenou o trancamento de todos os procedimentos penais instaurados contra o executivo, mantendo o acordo de colaboração premiada.

O juiz Guilherme Roman Borges solicitou ao Ministério Público Federal e a defesa de Odebrecht um posicionamento. O MPF pediu para aguardar o julgamento do agravo regimental em que a Procuradoria-Geral da República requer a revisão da sentença do ministro.

A defesa, comandada pelo Sanz Advogados, apontou que não há efeito suspensivo em agravo regimental.

O juiz aceitou os argumentos da defesa. “Forçoso reconhecer que a decisão monocrática de 21/05/2024 do Ministro Dias Toffoli na Petição 12.357 produz efeitos imediatos. Cabe apenas cumprir a decisão oriunda da Alta Corte”.

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