Lamborghini de R$ 2 milhões e Ferrari estão entre os bens de Klebim sequestrados

BMW, Ferrari, Lamborghini e Mercedes. Esses são apenas alguns dos bens do influenciador digital Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido nas redes sociais como Klebim, os quais a Justiça do DF determinou o sequestro.

Klebim foi condenado, nesta sexta-feira (17/10), a 9 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão, além de cinco meses de prisão simples, em regime inicial fechado, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de rifas ilegais.

A lista é grande e conta com nove veículos de luxo. Além dos automóveis, a Justiça também determinou o sequestro de uma mansão no Park Way, avaliada em milhões de reais. Alguns dos bens estavam em nomes de outras pessoas que, segundo as investigações, eram utilizadas como laranjas.

Os carros superesportivos seguirão apreendidos no complexo da Polícia Civil do Distrito Federal, onde permanecerão sob custódia até decisão final sobre o destino dos bens.

Confira a lista completa:

Entenda

A sentença publicada pelo juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Marcos Francisco Batista, marca o ponto culminante da Operação Huracán, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 21 de março de 2022, que desarticulou uma associação criminosa interestadual especializada em jogos de azar e lavagem de dinheiro.

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De acordo com as investigações, o grupo liderado por Klebim operava um esquema sofisticado de rifas clandestinas de veículos de luxo. Desde 2021, a quadrilha promovia sorteios de carros — muitos deles superesportivos — por meio das redes sociais, sem qualquer autorização do Ministério da Economia ou da Loteria Federal.

Veja imagens da operação Húracan:

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Influenciador conhecido como Klebim foi preso em 2022

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Polícia investigou esquema de rifas ilegais

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Youtuber movimentou mais de R$ 20 milhões

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Polícia também apurou crime de lavagem de dinheiro

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Operação foi coordenada pela DRF

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Youtuber costuma ostentar carros importados

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Veículos de luxo foram apreendidos

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Kleber Moraes, conhecido como Klebim

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Operação contou com apoio do DOE

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Império ruído

A condenação de Klebim é vista como um marco na repressão a rifas ilegais no Brasil, prática que se multiplicou com o crescimento das redes sociais e a falta de fiscalização digital. Para as autoridades, o caso serve de exemplo: ostentar luxo à custa de práticas ilícitas tem consequências graves — tanto financeiras quanto criminais.

Enquanto isso, os carros de luxo permanecem estacionados no pátio da PCDF, símbolos silenciosos da queda de um império erguido sobre a ilusão de sorte e dinheiro fácil.

De acordo com o Ministério da Economia, a realização de rifas e sorteios sem autorização oficial é considerada clandestina e irregular. A legislação brasileira permite esse tipo de prática apenas para instituições filantrópicas, e somente mediante autorização especial — nesse caso, os sorteios devem ser realizados exclusivamente via Loteria Federal.

Ainda que parte do dinheiro arrecadado seja destinada a projetos sociais ou de caridade, o ato continua sendo ilegal. O órgão alerta que, se houver prejuízo a participantes, a conduta pode configurar ilícito penal ou lesão ao consumidor.

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