Manifestantes da esquerda se reuniram, na manhã deste domingo (7/9), feriado da Independência do Brasil, na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, para participarem do Grito dos Excluídos.
O protesto defende a soberania do país e rejeita a anistia aos acusados de envolvimento com a trama golpista.
O nosso intuito é dar voz às demandas da população e ampliar esse grito. Permitir um espaço de fala às pessoas que são excluídas, às pessoas que são marginalizadas, ampliar vozes, e também para que essas vozes sejam ouvidas e respeitadas”, disse a representante do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos (MTD), Clades Maria Lopes, de 53 anos.
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Movimentação da Esquerda
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“Queremos mostrar que o Brasil é do povo e temos que brigar pelo nosso povo, pelo nosso país, porque o Brasil é democrático e de todos os brasileiros. Sem distinção. Defendemos a soberania do país”, acrescentou Clades.
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Os amigos Pedro Silvano, 58, e Maria do Carmo, 78, participaram do ato da esquerda nesta manhã. “A gente está vivendo um momento muito crítico para a sociedade brasileira e para as outras gerações que estão por vir. A soberania em jogo e uma tentativa espúria de conceder a anistia a quem, declaradamente, atentou contra os símbolos maiores da nossa democracia”, disse Pedro.
“Luto pela soberania e, agora principalmente, porque nós fomos ameaçados. Estou aqui por isso, porque não posso abandonar meu presidente nesse momento. Não vamos aceitar que derrubem a nossa democracia e independência”, destacou Maria do Carmo.
Com o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Cuidar da casa comum e da democracia”, a manifestação que ocorre paralelamente ao desfile cívico-militar de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, reúne movimentos sociais, sindicais, estudantis e culturais não apenas em Brasília, mas em diversas outras cidades do país.
Marcado para às 10h, os participantes começaram à chegar na praça Zumbi dos Palmares por volta das 9h.
Outras pautas
Os movimentos, que reúnem centrais sindicais como CUT e UGT, também protestam pelo fim da escala 6×1.
Em sua convocação, a CUT afirma que o ato “vai expressar a resistência popular frente às tentativas da extrema direita de sequestrar a data com suas pautas fascistas e as recentes medidas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump“.
Em agosto, Trump impôs tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras com o argumento de que há uma perseguição da Justiça contra o ex-presidente e e seu aliado, Jair Bolsonaro.
Ato
O Grito dos Excluídos é um movimento social brasileiro que surgiu na década de 1990 como uma expressão de resistência das populações marginalizadas diante das desigualdades econômicas e sociais.
Ao longo dos anos, o Grito tornou-se um espaço de denúncia, mobilização e proposta de políticas públicas, articulando ações de protesto, conscientização e participação cidadã com foco na justiça social, educação, saúde e direitos humanos.
Acompanhe o desfile do 7 de Setembro ao vivo no Metrópoles: