Presa por matar a enteada de 7 anos na Cidade Estrutural (DF), a maranhense Iraci Bezerra dos Santos Cruz, 43, já havia assassinado com um tiro e queimado o corpo do ex-companheiro, o caseiro Marcos Gomes, em dezembro de 2023.”Matei porque cansei de apanhar”, justificou a assassina para a ex-patroa, no dia do crime.
Iraci morava e trabalhava junto ao esposo em uma fazenda no distrito de Castelo dos Sonhos, no município de Altamira, no interior do estado do Pará. Ela confessou o crime em ligação telefônica feita para a esposa do dono da fazenda onde o casal prestava serviços. “Eu matei ele lá, pode chamar a polícia”, disse a mulher à ex-patroa.
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Os donos da fazenda confirmaram à Polícia Civil do Pará (PCPA) que tinham conhecimento de que a vítima batia em Iraci. Após cometer o crime, a mulher queimou o corpo de Marcos e também um pouco da arma utilizada para cometer o assassinato e deixou uma mala para trás, com roupas e documentos. Ela nunca mais foi vista na cidade.
O corpo de Marcos Gomes, assassinado por Iraci
Material incluso no processo do TJPA2 de 8
Muito sangue foi encontrado na cena do crime
Material incluso no processo do TJPA3 de 8
Ao se apresentar na 8ª DP, Iraci afirmou ter matado a enteada porque ela teria dito que “preferia morar com uma vizinha”
Material cedido ao Metrópoles4 de 8
Rafaela foi enforcada com um cinto por Iraci
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A irmã da vítima, que não quis se identificar, afirmou, emocionada, que a criança era muito bondosa
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Casa onde Rafaela foi enforcada
Material obtido pelo Metrópoles7 de 8
Vizinhos ficaram revoltados com o assassinato
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo8 de 8
O IML removeu o corpo da criança no período da tarde
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
De acordo com as testemunhas, Iraci tinha filhos que trabalhavam em um supermercado no município.
Ao ser comunicada do crime, a delegacia do distrito foi ao local e identificou o cadáver de Marcos Gomes, conhecido como “Negão”. No local, foi encontrada uma espingarda calibre 28, na qual estavam as digitais de Iraci Bezerra. Segundo os patrões do casal, a arma utilizada pertencia a Marcos.
O Ministério Público do Pará (MPPA) pediu a prisão preventiva da mulher que foi autorizada pela Justiça, mas o mandado de prisão em aberto somente foi cumprido quando Iraci assassinou a própria enteada, Rafaela Marinho de Souza, na última sexta-feira (21/11), na Cidade Estrutural (DF).
Ao prender a mulher, a Polícia Civil do DF (PCDF) percebeu que havia um mandado de prisão em aberto contra Iraci, pelo homicídio cometido no dia 17 de dezembro de 2023.
Assassinato brutal
Segundo informações da PCDF, Iraci enforcou a menina utilizando um cinto e deixou seu corpo pendurado em uma pilastra dentro da residência onde a família morava. Logo após o crime, Iraci caminhou até a 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), onde se entregou espontaneamente e confessou o assassinato.
De acordo com informações preliminares, a motivação do homicídio pode estar relacionada a ciúmes que a autora teria da relação que o marido tinha com a filha dele. A PCDF mantém cautela nas conclusões, mas investiga o histórico familiar e possíveis episódios anteriores de violência.
A menina, que segundo vizinhos era “carinhosa e tranquila”, teve a morte confirmada no local pelo Corpo de Bombeiros. A PCDF segue investigando o caso, que foi encaminhado à Justiça como homicídio qualificado, com agravantes.
Após ser localizada pelo assassinato da enteada, a Justiça do Pará enviou uma carta precatória para que Iraci responda o processo pelo homicídio do seu ex-companheiro.
