Médicas explicam os riscos de expor bebês e crianças ao sol na praia

Viralizou na internet, na última quinta-feira (25/12), um vídeo em que policiais militares aparecem abordando um homem e uma mulher na praia de Balneário Camboriú (SC) e pedindo que o casal retirasse do sol um bebê deitado em um carrinho em meio ao forte calor. As autoridades foram acionadas após os pais serem alertados dos riscos por banhistas.

Com a forte repercussão, o caso acendeu um importante alerta para pais de todo o país durante o verão: o cuidado com bebês e crianças pequenas a exposições solares deve ser redobrado neste período.

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De acordo com a pediatra Juliana Sobral, eles sofrem mais no calor porque não estão totalmente adaptados às altas temperaturas quanto os adultos. O sistema de termorregulação de bebês e crianças pequenas ainda é imaturo, eles suam menos e perdem menos calor pela pele, são mais propensos à desidratação e têm metabolismo acelerado, produzindo mais calor interno.

“Temperaturas acima de 30 °C, especialmente associadas à alta umidade, já aumentam o risco. O perigo é maior quando há exposição direta ao sol, estão em ambientes abafados ou com pouca oferta de líquidos”, explica a médica da Maternidade Brasília.

Como proteger bebês e crianças pequenas do calor

Como o período de férias marca uma fase com várias atividades ao ar livre em praias ou piscinas, é normal as crianças passarem muito tempo sob o sol. Além da hidratação, é importante seguir a recomendação de evitar exposição solar entre 10h e 16h.

“O ideal é que a exposição ocorra em horários específicos para que os benefícios dos raios solares sejam maiores que os riscos. Ou seja, antes das 10 horas e após às 16 horas, quando a radiação UVB é menor”, aconselha a médica Andrea Dambroski, do Departamento de Saúde Escolar do Colégio Positivo.

Como detectar que a criança está desidratada

Nessa idade, bebês e crianças pequenas ainda não conseguem se expressar de forma clara e adequada. Por isso, é essencial estar atento a todos aos sinais e comportamentos que eles dão quando não estão bem. O calor excessivo pode causar desidratação, brotoejas, insolação, queda de pressão, mal-estar e até convulsões febris em crianças com maior predisposição à condição.

Entre os principais sintomas estão:

“É importante reforçar que febre sem sinais de infecção durante ondas de calor pode ser insolação e exige atendimento imediato. Crianças com doenças crônicas, prematuras ou em uso de certos medicamentos precisam de atenção redobrada”, alerta Juliana.

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