O corpo de Maria de Lourdes Freire Santos, de 25 anos, a militar do Exército assassinada dentro do quartel no Distrito Federal foi sepultado e enterrado na manhã desta quinta-feira (11/12) sob forte comoção e revolta. A cabo foi morta a facadas pelo soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos. Após o crime, ele incendiou o quartel do 1° Regimento de Cavalaria de Guardas, conhecido como Dragões da Independência. Preso, o soldado confessou e detalhou o crime.
Conforme informações da advogada da família, Karla Henriques, o sepultamento ocorreu no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, por volta das 11h, com o caixão fechado. Antes disso, foi realizada uma missa de corpo presente na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Lago Sul. Nesta quinta, deveria ser realizada a missa de sétimo dia de falecimento, mas como a liberação do corpo levou quatro dias, foi realizada a cerimônia de corpo presente.
“Foi muito doloroso, a família está bastante abalada. Seguimos agora aguardando a decisão que vai dizer se o processo vai tramitar na Justiça comum, que é o que gente quer, enquanto defesa da vítima”, declarou a advogada ao Metrópoles.
Além da família, amigos, colegas militares e músicos da banda que Maria de Lourdes fazia parte estavam presentes.
O crime
Maria de Lourdes era cabo do Exército Brasileiro e musicista lotada no quartel do 1° Regimento de Cavalaria de Guardas, conhecido como Dragões da Independência. Ela também era estudante da Escola de Música de Brasília (EMB).
No final da tarde da última sexta-feira (5/12), o corpo dela foi encontrado carbonizado dentro do quartel após um incêndio no local. Após investigação da Polícia Civil, o soldado Kelvin Barros foi preso e confessou o crime. Em depoimento ele deu cinco versões para os acontecimentos e, por fim, detalhou que deu uma facadas no pescoço de Maria ao reagir a uma investida da militar que, segundo Kelvin, teria tentado atirar contra ele. A defesa de Kelvin sustenta que sustenta que ele agiu em legítima e mantinha um relacionamento amoroso com Maria de Lourdes. Tese esta que foi afastada pela família de Maria.
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O soldado Kelvin Barros confessou ter matado Maria de Lourdes
Reprodução
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Maria de Lourdes Freire tinha 25 anos e foi morta dentro do batalhão do Exército onde era lotada
Imagem obtida pelo Metrópoles
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Ele também faz parte do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas
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Maria de Lourdes Freire Matos era musicista e aluna da Escola de Música de Brasília
1º RCG/Divulgação
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Kelvin Barros segue preso e o caso é investigado como feminicídio
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A família da vítima argumenta que o crime ocorreu por motivos hierárquicos e que Kelvin não aceitava a autoridade da patente da militar.
Kelvin segue preso e o caso é investigado como feminicídio pela Polícia Civil do Distrito Federal.
A Justiça Militar requereu a transferência do caso, mas o Tribunal de Justiça do Distrito Federal ainda não respondeu.