O motorista de aplicativo esfaqueado por um passageiro no pescoço durante uma viagem em Ceilândia (DF), na madrugada deste domingo (26/10), precisa de um leito de unidade de terapia intensiva (UTI), segundo a família.
Elias Alves dos Santos Filho (foto em destaque), de 37 anos, está no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). De acordo com a esposa, a analista administrativa Synara de Albuquerque Santos, de 33, o estado do motorista é estável, mas grave.
“Por mais que falem que ele está estável, a situação é grave. A gente não sabe o que vai acontecer. Ele precisa do leito de UTI o quanto antes”, pediu a esposa.
Segundo Synara, Elias tinha feito uma viagem para Águas Lindas de Goiás (GO) e recebeu um novo pedido de corrida para a Quadra 201 do Recanto das Emas (DF).
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“Só que, no meio do caminho, na QNJ, em Ceilândia, houve um anúncio de assalto”, contou a analista. Elias foi esfaqueado no pescoço e o passageiro saiu do carro.
O motorista, mesmo ferido, seguiu dirigindo até o HRC. Mas antes sofreu um acidente. Colidiu com um poste. Por coincidência, havia uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) nas imediações e socorreu Elias.
Artéria atingida e fratura no pescoço
A Polícia Militar (PMDF) também foi ao local. Segundo a família, a facada atingiu o lado direito do pescoço de Elias. A esposa, Synara, contou que o o golpe cortou pelo menos uma artéria. Além disso, os médicos identificaram uma fratura no pescoço.
O motorista de app passou por cirurgia, está sedado e intubado. A família ainda não sabe se o motorista sofrerá sequelas após a internação. “Informaram que ele precisa de leito de UTI. E até agora ele não conseguiu”, lamentou.
Elias e Synara têm uma filha de 11 anos e vivem no DF. O marido é encarregado geral de construção civil, mas trabalha como motorista de aplicativo para ter uma renda extra para a família.
O caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). A princípio, a ocorrência é tratada como tentativa de latrocínio.
Saúde
A Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que “o paciente está regulado para leito de UTI com o suporte necessário ao quadro de saúde que apresenta”. Mas não informou quando ele terá acesso.
Segundo a pasta, os pacientes que aguardam por leito de UTI são regulados conforme a gravidade do quadro de saúde. A classificação prioriza os casos mais graves e os judicializados.
A transferência para o leito é realizada mediante vaga disponibilizada. De acordo com a secretaria, a vacância dos leitos ocorre mediante a alta dos pacientes que já os ocupavam previamente.
“Enquanto aguardam essa disponibilidade, os pacientes seguem assistidos pela equipe médica do hospital em que estão internados”, prometeu.