Segundo a denúncia, os 10 envolvidos no suposto esquema “agiram em concurso e com unidade de desígnios, com vontade livre e consciente, associando-se, dolosa e conscientemente, em forma de organização criminosa estável, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem ilícita, sobretudo por meio da prática de crimes que visavam o desvio e a apropriação de recursos dos Fundos Partidário e Eleitoral“.
“O denunciado Eurípedes Gomes Macedo Junior figura como o líder da organização criminosa, formada por seus familiares e pessoas próximas de sua confiança, gerindo o partido PROS como um bem particular ao auferir enriquecimento ilícito pessoal e familiar por meio de desvio de recursos públicos destinados à atividade político-partidária”, diz o MP.Segundo a Polícia Federal, Eurípedes Júnior era o chefe do esquema que usava candidaturas laranjas e uma fundação do partido para desviar recursos entre 2022 e 2023.
De acordo com a investigação, o grupo usava empresas de fachada para lavar o dinheiro através da compra de imóveis e do superfaturamento de serviços de consultoria jurídica prestados ao próprio partido.
Em nota, os advogados de Eurípedes Júnior disseram que ele se apresentou voluntariamente à PF e que demonstrará perante a Justiça a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados.
Antes de se entregar, Eurípedes Júnior se licenciou da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado. Com isso, o deputado federal Paulinho da Força, que ocupava a vice-presidência, voltou a comandar o partido.