A agente comunitária inglesa Jennifer Garner, de 41 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de intestino em novembro de 2024. Há meses, porém, ela vinha enfrentando um sintoma do tumor, mas ignorava o sinal.
No início do ano passado, ela foi doar sangue e conseguiu fazer a doação, mas a enfermeira que a atendeu alertou para a viscosidade do sangue, o que apontava os níveis muito baixos de ferro no organismo de Jennifer. Ao receber os resultados do exame, ela observou que estava no limite do mínimo aceitável.
Jennifer acreditou, porém, que seus índices baixos eram consequência da dieta vegetariana, que ela segue há uma década e que, por não ter proteínas animais, costuma ser menos rica em ferro.
Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
Getty Images
2 de 12
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
Getty Images
3 de 12
O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
Getty Images
4 de 12
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
Getty Images
5 de 12
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
Getty Images
6 de 12
Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
Getty Images
7 de 12
Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
Getty Images
8 de 12
O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
Getty Images
9 de 12
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
Getty Images
10 de 12
A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
Getty Images
11 de 12
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
Getty Images
12 de 12
Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
Getty Images
O diagnóstico de surpresa
No caso de Jennifer, a equipe do centro de doações sugeriu consulta médica para avaliar a necessidade de suplementação. Ao analisar os exames antigos dela, porém, o clínico geral notou que os níveis de ferro estavam baixos desde 2023 e vinham caindo.
Diante dos resultados, o médico suspeitou de uma hemorragia interna e decidiu recomendar uma bateria de exames para Jennifer, incluindo o teste de sangue oculto nas fezes. O exame revelou índices alarmantes e, após uma colonoscopia, foi constatado o câncer.
Cirurgia e metástase do tumor
Quando o diagnóstico foi feito, o tumor colorretal de Jennifer já havia se espalhado por uma grande porção do intestino. Ela foi encaminhada para uma cirurgia às pressas para remover o tumor.
O procedimento, realizado em janeiro de 2025, surpreendeu os especialistas pela agressividade da doença. Apesar de terem removido todos os pólipos na cirurgia, uma tomografia feita duas semanas depois da intervenção já revelou o retorno da doença e também uma metástase.
O exame revelou gânglios linfáticos aumentados atrás do estômago e de difícil operação por sua localização. Jennifer precisou iniciar uma rodada de quimioterapia para reduzir os tumores e tem enfrentado desde então uma série de efeitos colaterais. Ela ainda precisará passar por mais 12 semanas de tratamento para avaliar o progresso da doença.