As mulheres que passam por tratamento para infertilidade correm maior risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no ano seguinte ao parto, em comparação às que conceberam seus bebês naturalmente, segundo um estudo feito por pesquisadores da Escola Médica Robert Wood Johnson, nos Estados Unidos.
Os resultados da pesquisa foram divulgados em um artigo publicado na revista médica JAMA Network nessa quarta-feira (30/8). Este é o maior estudo a examinar o risco de hospitalização por AVC entre mulheres já feito.
Apesar da descoberta, os médicos afirmam que não há motivos para alarde, uma vez que os números absolutos permanecem muito baixos – 37 hospitalizações por AVC para cada 100 mil pacientes submetidas ao tratamento – mas é importante alertar essas mulheres sobre a importância do check-up.
Os pesquisadores avaliaram os dados de saúde de 31 milhões de pacientes que deram à luz em hospitais dos Estados Unidos entre 2010 e 2018. Aproximadamente 288 mil delas haviam passado por tratamentos de infertilidade anteriormente.
Os autores do estudo consideram como tratamentos relevantes a inseminação intra-uterina, uso de tecnologia para reprodução assistida e procedimentos de preservação da fertilidade, por exemplo.
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro Agência Brasil
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico
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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC
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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes
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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC
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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados
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Tratamento de infertilidade e AVC
Eles notaram que a probabilidade de a mulher sofrer o AVC aumenta logo no primeiro mês após o parto. O risco continua a crescer nos meses seguintes.
O risco de AVC hemorrágico foi duas vezes maior entre aquelas que haviam passado por tratamento para engravidar em comparação com as demais. O risco de uma puérpera sofrer AVC isquêmico (quando há obstrução de uma artéria impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais) foi 55% maior.
Estudos anteriores mostram que, embora seguros, os tratamentos para infertilidade podem aumentar o risco de pré-eclâmpsia, parto prematuro e anomalias placentárias, por exemplo.
O risco, de acordo com o principal autor do estudo, Cande V. Ananth, pode estar relacionado a complicações vasculares após o tratamento; à grande quantidade de hormônio estrogênio usado no procedimento, que pode aumentar a coagulação sanguínea; e a problemas anteriores que as impediam de engravidar.
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