Policiais civis da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) cumprem 52 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão durante a Operação Irmãos, na manhã desta terça-feira (8/7)
O objetivo é desmantelar uma organização criminosa que atua no fornecimento, transporte e difusão de drogas no Distrito Federal.
A ação conta com apoio da 3° Promotoria de Entorpecentes, da Polícia Civil de Goiás e Rondônia.
Um ano e meio de investigação
Depois de um trabalho de investigação que durou cerca de 18 meses, a polícia conseguiu mapear uma rede complexa de abastecimento de drogas, que começava com grandes fornecedores em Rondônia. De lá, a droga era enviada para Goiânia em cargas e até por “mulas” — pessoas que transportam entorpecentes no corpo ou em malas.
Em Goiânia, a droga era armazenada e, depois, levada para o Distrito Federal em lotes menores, geralmente escondidos em carros comuns, equipados com compartimentos secretos. Aqui no DF, o material era distribuído para traficantes que atuam no varejo.
Imagens:
Operação Irmãos mira megaesquema de drogas que abastecia o DF
Reprodução / PCDF2 de 2
Dinheiro apreendido
Reprodução / PCDF
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Discrição era o disfarce
Durante a investigação, cinco pessoas foram presas em flagrante e mais de R$ 4 milhões em drogas foram apreendidos. O grupo chamava atenção pelo perfil discreto: usavam carros populares, moravam em casas simples, mas movimentavam milhões de reais em contas próprias e de laranjas.
Entre as drogas comercializadas estavam cocaína, skunk e haxixe. Segundo os investigadores, essa operação marca uma mudança no “caminho” das drogas que chegam ao DF. Antes, a rota vinha, principalmente, dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Agora, o foco se deslocou para Rondônia e Acre.
Outra mudança observada foi a consolidação da preferência do skunk, em detrimento da maconha convencional. Tal mudança se deve a vários fatores, sendo o principal a dificuldade logística da maconha comercial, que é muito volumosa e de menor lucratividade.