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Pajubá: linguagem, proteção e resistência

por Redação Capital Brasília
14 de dezembro de 2025
em Brasil, Política
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Pajubá: linguagem, proteção e resistência
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Em um ano marcado por violência e ofensivas políticas contra a população trans, principalmente no atual governo norte-americano, o Brasil contou com uma iniciativa inédita que pode ser o marco de mais uma conquista da população LGBTQIAP+. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) protocolou, em 20 de outubro, um pedido histórico no IPHAN: o reconhecimento do Pajubá ou Bajubá (vocabulário que nasceu entre travestis, como um código compartilhado para escapar da violência cotidianas) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O processo abre caminhos para novos debates sobre linguagem e disputas simbólicas. No episódio que encerra a quinta temporada do Pauta Pública, a conversa vai neste sentido. Amara Moira, escritora, professora, ativista e autora de Neca: romance em pajubá, afirma que esse vocabulário não só narra vidas, mas cria mundos e atualmente ele atravessa a cultura brasileira. Ela afirma: “O pajubá é uma língua que é uma língua de proteção e de identidade.”

Ela também comenta a importância do movimento que busca o reconhecimento oficial dessa linguagem e destaca que escrever Neca foi também um gesto de reivindicação: “Escrever em pajubá, pra mim, era a única forma possível de contar essa história. Não existia outra língua capaz de dar conta do que eu queria dizer.”

Leia os principais pontos da conversa e ouça o podcast completo abaixo.








EP 198
O bajubá como linguagem de proteção e resistência


12 de dezembro de 2025
·

Amara Moira fala sobre Neca: Romance em bajubá e a importância da linguagem para o pertencimento das pessoas trans








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Veja mais episódios desta série

De onde veio a inspiração para escrever Neca?

Um dia eu estava sentada no Jardim Itatinga, um espaço de prostituição de Campinas, minha cidade natal, onde trabalhei com prostituição e onde iniciei minha transição. E aí uma amiga tinha acabado de atender um cliente, [e relatou o caso usando vários termos no bajubá]. Achei tudo muito poético, ao mesmo tempo que ela é muito coloquial. Publiquei esse relato no blog e, certo dia, me provocaram: perguntaram se eu não queria escrever um texto inteiro em bajubá, como eu já havia comentado em algumas mesas que tinha vontade de fazer. Peguei aquele parágrafo e transformei em três páginas. De três páginas virou dez e, assim, o texto foi crescendo durante a pandemia. Foi um período de muita experimentação, até chegar à versão final, porque pretendo continuar mexendo nesse texto. Talvez ele volte daqui a dez anos com trezentas páginas, o dobro do tamanho, e com todas as palavras de bajubá que eu conheço.

De alguma maneira, eu queria que esse livro fosse uma espécie de enciclopédia de saberes travestis: tudo que sei de cultura travesti, tudo que sei de bajubá, colocado ali de algum modo. Isso gera um bajubá um tanto artificial, porque nenhuma travesti conhece todas as gerações de expressões. Essa é uma língua que se reinventa constantemente. Então, de alguma maneira, quis juntar todas essas temporalidades do bajubá e criar um texto a partir disso. Essa era a vontade que tive ao desenvolver o livro e que ainda quero expandir.

Como você pesquisa e estuda essa língua?

A maioria das pessoas no Brasil conhece só a pontinha do iceberg. Uma parte um pouco maior da comunidade LGBT conhece mais, mas ainda assim há um monte de aspectos que ninguém imagina. Passei um bom tempo conhecendo apenas algumas palavrinhas. Escrevi alguns poemas antes da minha transição usando essas palavras, e eles saíram no Neca + 20 poemas travessos, a primeira versão do Neca: uma versão curtinha, de dez páginas, junto com poemas que eu já tinha escrito. Muitos desses poemas de 2008 e 2009 já usavam palavras do bajubá. Fui expandindo isso aos poucos.

Acho que entro de verdade na linguagem quando transaciono — e, mais do que isso, quando me aproximo do Itatinga, esse espaço de prostituição de travestis em Campinas. É lá que convivo com travestis que falam fluentemente a língua e começo a aprender melhor essas expressões. Passo a usá-las no blog, depois no livro Se eu fosse puta, e a coisa vai crescendo.

Por muito tempo, trabalhava apenas com as expressões que ouvia das minhas amigas. Mas tudo muda quando descobri que existem dicionários. E muda ainda mais quando, durante a pandemia, descubro que, além dos dicionários, há registros ancestrais de uma “língua das bichas”. Começo a me aprofundar nessa pesquisa, levantar esse material e apresentá-lo em muitos lugares. Isso amplia meu repertório e me permite trazer mais palavras para o Neca.

[O bajubá ou pajubá] é uma língua de proteção e de identidade. Hoje é chamada de língua das travestis, mas originalmente era uma “língua das bichas”: “bicha” entendida como essa palavra coringa que inclui gays afeminadas e travestis, figuras que “chutam o balde”, que não escondem que são LGBTs, que não disfarçam, e que, por isso, acabam vivendo segregadas nos guetos onde podem existir. Nas pequenas frestas da sociedade onde conseguem viver, surge uma linguagem própria, um jeito de falar que tem o propósito de proteção, mas também de identificação. Se você fala como eu, você é como eu. Então, se você sabe falar desse jeito, você é travesti. A língua nasce dessa vida segregada, dessa exclusão e ela se transforma o tempo todo.

Eu mesma tinha dúvidas: será que, ao publicar um livro, eu estaria expondo a língua e ameaçando nosso segredo? Mas não existe isso. Um dos primeiros atos do movimento de travestis nos anos 1990 foi justamente criar um dicionário o Diálogo de Bonecas, de Jovanna Baby, uma das nossas ativistas mais importantes. Esse dicionário era vendido nos espaços da comunidade. Quando perguntavam se isso não expunha demais a língua, ela respondia que não acreditava que alguém conseguiria aprendê-la apenas com o dicionário. E eu concordo: se alguém decorar todas as palavras dos dicionários, inclusive as do Neca, e for para a rua achando que vai entender tudo o que uma travesti fala, a travesti vai rir na cara dela.

É uma linguagem metamórfica. Tem estratégias de ciframento pouco conhecidas, inclusive pela linguística, e apenas parte delas aparece no Neca. Ou seja: o caráter cifrado da linguagem não é ameaçado por livros ou pesquisas.

Ao contrário: chamar atenção para essa língua pode criar ferramentas e estratégias de preservação. Estamos vivendo um momento diferente. Travestis começam a estar presentes em vários espaços; não estamos mais tão segregadas quanto antes. Isso melhora a vida, mas também pode fazer com que a língua se perca, porque ela perde seu propósito inicial e o ambiente onde se aprendia. Justamente por isso este é o momento de pensar em preservação, registro e transformação: transformar a língua em língua, de cultura, de literatura, de música, de audiovisual. Pensar outros propósitos para ela além do de proteção.

O livro está furando bolhas? Como está sendo recebido?

O relatório de vendas está bom. O livro está circulando bem. Em todo lugar onde eu o levo, há alguém interessado, é um título chamativo, um livro muito curioso. Mas ainda não sei se está furando a bolha. Vivemos um momento de grandes bolhas, de forte polarização.

O Neca tem circulado muito nos espaços progressistas: esquerda, centro-esquerda, espaços feministas. Muitos clubes de leitura o colocaram em pauta. Recentemente, fui à Europa para uma série de eventos. Levei edições de Se eu fosse puta em inglês e espanhol, e achei que venderia muitas. Não vendi quase nada. Acessei apenas a comunidade brasileira, e a comunidade brasileira queria o Neca. Todos os 70 exemplares que levei foram vendidos. Já o Se eu fosse puta estava esgotado; levei apenas seis unidades, que acabaram no primeiro minuto.

O livro também aparece num momento importante das minhas pesquisas sobre o bajubá. Tenho trabalhado com outras pessoas, especialmente com a Isabela Miranda, uma grande parceira nesses estudos. Temos dado muitos cursos juntas, e ela também prepara um livro de contos em bajubá. Esse material está crescendo.

Uma das repercussões disso foi uma conversa com o Ministério Público Federal, de onde surgiu a ideia de reivindicar o bajubá como Patrimônio Imaterial Brasileiro. Então começou o movimento: a ANTRA, junto com o mandato da Erika Hilton, protocolou no IPHAN o pedido de reconhecimento. Seria a primeira vez que o Estado reconheceria algo assumidamente LGBT como patrimônio cultural imaterial do Brasil.

E essa língua tão viva e mutável hoje tem influência direta dos terreiros, das religiões de matriz africana. Isso é muito significativo: fala sobre a história do Brasil, sobre resistência à escravidão e à aculturação. Palavras que vêm de tradições africanas são ressignificadas pela comunidade travesti e viram uma língua de proteção e identidade na boca dessas mulheres.

É muito simbólico que isso agora possa ser reconhecido como patrimônio. Durante muito tempo, quando conheci as primeiras palavras, era comum a comunidade LGBT chamar o bajubá de “língua de marginais”. Agora, pode sair desse estatuto para se tornar patrimônio imaterial cultural brasileiro. Vamos ver onde isso ainda vai nos levar.

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