O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) será o novo ministro das Comunicações do governo Lula. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (10) pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, após reunião entre o presidente da República e o parlamentar no Palácio da Alvorada, residência oficial.
A nomeação ocorre em substituição a Juscelino Filho, que deixou o ministério na última quarta-feira (9), um dia depois de ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento em desvios de emendas parlamentares enquanto exercia o mandato de deputado federal.
O encontro no Alvorada contou ainda com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e do próprio Juscelino Filho. Pedro Lucas é atualmente o líder da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados e foi indicado pelo partido para ocupar a vaga.
“O União Brasil apresentou o nome do Pedro Lucas para substituir o ministro Juscelino nas Comunicações. O presidente aceitou e fez um convite também ao líder, para assumir [o cargo]”, disse Gleisi Hoffmann a jornalistas.
A posse de Pedro Lucas deve acontecer após o feriado de Tiradentes, no próximo dia 21 de abril, para que ele possa organizar os trâmites legais de sua saída temporária da Câmara e definir um novo líder para a bancada da legenda, que hoje conta com 59 deputados — uma das maiores da Casa.
A escolha de Pedro Lucas já havia sido ventilada por Lula durante visita oficial a Honduras, quando o presidente afirmou que não há previsão de novas trocas na Esplanada, mas que definirá “quando e como” eventuais substituições devem ocorrer.
Com 36 anos, Pedro Lucas é natural de São Luís e cumpre seu segundo mandato como deputado federal. Tem perfil discreto, trânsito entre diferentes alas do Congresso e é considerado um nome de confiança de lideranças do União Brasil.
A mudança no comando do Ministério das Comunicações representa uma tentativa do Palácio do Planalto de manter a governabilidade e fortalecer a articulação com o centro político, num momento em que o governo busca consolidar sua base no Congresso.