PF deflagra operação contra desembargador do TJ-SP suspeito de vender sentenças judiciais

Mais de 80 policiais federais cumprem 17 mandados de busca e apreensão na casa do magistrado e em endereços ligados a ele

Brasília (DF), 22/02/2024, Fachada do Prédio da Polícia Federal em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Brasília (DF), 22/02/2024, Fachada do Prédio da Polícia Federal em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Polícia Federal faz operação na manhã desta quinta-feira (20) em São Paulo contra desembargador da área criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) em investigação que apura indícios de corrupção, por meio de suposta venda de decisões judiciais.

O desembargador alvo da operação é Ivo de Almeida, da 1ª Câmara Criminal do TJ.

Mais de 80 policiais federais cumprem 17 mandados de busca e apreensão na casa do desembargador e em endereços ligados a ele, na capital e no interior paulista, por determinação do Superior Tribunal de Justiça.

A operação, batizada de Churrascada, remete ao termo “churrasco” utilizado pelos investigados para indicar o dia do plantão judiciário do magistrado, segundo a PF.

A Operação Churrascada é uma investigação em trâmite no STJ e decorre da Operação Contágio, deflagrada em 2021 pela PF em São Paulo, que desarticulou uma organização criminosa responsável pelo desvio de verba pública da área de saúde.

Documentos da Controladoria-Geral da União utilizados pela Polícia Federal na operação Contágio, deflagrada em 20 de abril de 2021, mostram que a organização social AMG, que recebeu cerca de R$ 100 milhões de três cidades paulistas para prestar serviços de saúde, tinha entre seus membros um agricultor, estudantes, comerciantes e até um apicultor, nome dado aos criadores de abelhas.

A AMG foi contratada em Hortolândia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra. Segundo a PF, a ausência de profissionais de saúde indica que ela era de fachada e servia apenas para escoar o dinheiro público desviado para um grupo criminoso.

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