Parece que o coronézinho quer novamente golpear as vítimas, como se já não bastasse o flamejado acordo que a Braskem assinou com a empresa causadora do maior desastre urbano do mundo.
Como um menino mimado, vem perseguindo uma das principais vozes a favor das vítimas da Brasken, a advogada alagoana Adriana Mangabeira Wanderley.
Primeiro, um processo contra a advogada movido por seu pai, João Caldas, ex-deputado investigado na “operação sanguessuga” por desvios na saúde. Agora, o prefeito de Maceió vem intimidar a aguerrida advogada com sucessivas ações na justiça, uma verdadeira perseguição como se seus atos públicos não pudessem ser questionados.
Em resposta à nossa redação, a Mangabeira diz:
“Perseguem as vítimas, desabrigam as vítimas, já perderam família, já perderam suas casas e memórias, já perderam vidas, saúde e dignidade, mas a única coisa que importa ao prefeito JHC é seu projeto de poder, seus acordos nada republicanos com esta empresa.”
Não vai me calar, seu pai quer me calar e agora você tenta me calar utilizando a justiça para tal. Gostaria que tentasse me calar num debate, acho que esta provocação vai acabar nos levando a nos encontrar nas urnas, onde durante a campanha eleitoral poderei de forma amplificada colocar tudo que penso e provo da sua administração. Perseguem uma mulher, mas não qualquer mulher, sou Adriana Mangabeira e exijo respeito à minha história, nas minhas veias o sangue de João e Octávio Mangabeira, vá estudar e ver aonde está minha linha hereditária, lutamos uma vida por liberdade e justiça.
Entendi seu desafio, entendo bem seu Modus operandi de intimidar quem não pode se defender, jagunços. Comigo, está tentando na justiça de Alagoas, não me intimido e aceito a peleja. A partir de hoje, não vai ter um ato administrativo seu que eu não vá me debruçar como uma cidadã que deseja transparência do governo.
Quanto ao futuro, nem sabemos que na política não existem deuses eternos e é o único lugar onde morto ressuscita e gigantes tombam, deve ser este seu medo.