A prefeita de Quissimã (RJ), Fátima Pacheco (DEM), registrou um boletim de ocorrência neste sábado contra o vereador bolsonarista de São Gonçalo Glauber Poubel (PROS) após ser xingada de “ladra, bandida e vagabunda”.
A fala ocorreu durante a convenção partidária da chapa de Armando Carneiro (PL) e Marcinho Pessanha (MDB) no município. Nas redes, Pacheco lamentou o ataque sofrido, mesmo não competindo no pleito deste ano.
“Na convenção, um vereador de São Gonçalo me xingou de ladra, bandida e vagabunda, e foi aplaudido pelo pré-candidato a prefeito (Armando) e pelo pré-candidato a vice (Marcinho) da oposição. Não vou me calar diante disso. Não aceitaremos que as mulheres de Quissamã sejam atacadas e xingadas, e que forasteiros venham à nossa cidade para nos desqualificar”, afirmou.
A denúncia engloba os crimes de calúnia, injuria, difamação e violência política de gênero. Pacheco também fez um alerta sobre a violência contra a mulher na política, ao afirmar que a prática é “inaceitável” e que o “cenário que se desenha” é de uma “disputa pautada pela baixaria, pelo ataque e pela ameaça”.
A prefeita recebeu apoio de nomes da política carioca, como o vice-governador Thiago Pampolha, que ressaltou sua “indignação” com o caso. “Um vereador que não conhece a cidade de Quissamã resolveu, no seu discurso, proferir palavras de ódio, de baixíssimo nível e de profundo desrespeito, que ataca não somente a Fátima, mas todas as mulheres do nosso estado”.
Além de Pampolha, se manifestaram o prefeito de Campos, Wladmir Garotinho, o ex-deputado estadual André Ceciliano (PT) e o atual vice de Pacheco e pré-candidato a prefeito de Quissamã, Marcelo Batista.