Após as fortes chuvas que atingiram Águas Lindas de Goiás (GO), a prefeitura da cidade do Entorno do Distrito Federal convocou reeducandos do sistema prisional para ajudar na limpeza das áreas mais afetadas.
Ao todo, 110 presos dos regimes fechado e semiaberto participaram da força-tarefa, supervisionados por policiais penais. Eles atuaram na retirada de entulhos, desobstrução de bueiros, varrição e lavagem de ruas.
A mobilização ocorreu entre sábado (29/11) e esta segunda-feira (1º/12). A prefeitura afirma que a operação envolveu praticamente todas as secretarias municipais, coordenadas pelo GT Reconstrução.
Pelo menos 20 famílias foram retiradas de áreas de risco e levadas para locais seguros. Também houve ações emergenciais de contenção, drenagem, abertura de valas e recuperação de ruas.
Segundo a Secretaria de Políticas Penais, os presos trabalharam em regiões como o Setor Pinheiro, o entorno do Supermercado Dia a Dia e vias próximas ao Hospital Regional.
Relembre o caso
- Chuvas intensas atingiram Águas Lindas de Goiás por vários dias, provocando enxurradas e alagamentos.
- Pelo menos cinco casas foram destruídas e 12 famílias ficaram desabrigadas.
- Outras dezenas de residências registraram desabamento de muros, infiltrações e entrada de água.
- Moradores relataram perdas de eletrodomésticos e bens materiais.
- Foi instaurado um decreto de estado de emergência que deve durar, pelo menos, 180 dias
- Não houve registro de feridos ou mortes.
- O Centro de Convivência do Idoso (CCI) foi definido como base de apoio para as famílias desabrigadas.
- Caso necessário, escolas municipais também serão abertas para acolhimento de moradores.
Equipes da Defesa Civil e da Companhia de Desenvolvimento de Águas Lindas (Codeal) também atuaram em plantão contínuo para mapear danos, vistoriar áreas com erosões e preparar o relatório federal do S2ID, necessário para o reconhecimento da situação de emergência.
O documento será enviado aos governos federal e estadual para captação de recursos.
A prefeitura informou que recebeu reforço da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), que enviou patrulhas mecanizadas para acelerar as obras emergenciais.
“Ação Social, Saúde e Educação também atuaram no apoio às famílias removidas, na abertura de abrigos e no atendimento das vítimas. As equipes seguem espalhadas pelos bairros, monitorando novas áreas de risco e fazendo reparos.”, disse a prefeitura, em nota.