O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,62% em novembro, superando tanto o resultado de 0,54% de outubro quanto os 0,33% do mesmo mês em 2023. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice acumula elevação de 4,35% no ano e de 4,77% nos últimos 12 meses.
Dos nove grupos de despesas analisados pelo IBGE, oito apresentaram aumento de preços no período. O maior impacto veio de alimentos e bebidas, com alta de 1,34%. Produtos como óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%) foram os principais responsáveis pelo avanço.
Outro destaque foi o grupo de transportes, que subiu 0,82% após registrar deflação de 0,33% no mês anterior. A pressão veio de itens como passagens aéreas, que dispararam 22,56%, ônibus urbano (1,34%), gás veicular (1,06%) e gasolina (0,07%).
Outros grupos que registraram alta incluem despesas pessoais (0,83%), habitação (0,22%), vestuário (0,36%), saúde e cuidados pessoais (0,18%) e comunicação (0,11%). A única deflação observada foi no setor de educação, com leve queda de 0,01%.
A coleta de preços que embasou o cálculo do IPCA-15 foi realizada entre 12 de outubro e 12 de novembro, comparando os valores com o período anterior, de 14 de setembro a 11 de outubro.
O aumento nos preços de itens essenciais como alimentos e transportes preocupa especialistas, que destacam o impacto no custo de vida das famílias brasileiras, especialmente as de menor renda, para quem esses grupos representam uma parcela significativa das despesas.
