Há pouco mais de quatro meses sem aulas, o projeto social Gravura em Foco, que oferecia oficinas no Museu Vivo da Memória Candanga, permanece ocupando o espaço de forma irregular e sem ter o contrato para a permanência renovado por uma decisão administrativa, segundo a Secretaria de Cultura do Distrito Federal (Secec-DF).
De acordo com a pasta, um novo local foi oferecido para abrigar as oficinas, o Espaço Cultural Renato Russo, mas o Gravura em Foco não quis se mudar. O espaço no museu foi interditado em 18 de junho pela Defesa Civil, que pediu a saída imediata dos alunos e dos materiais usados nas aulas.
O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec-DF, Felipe Rámon, afirmou que o ateliê continua armazenando os materiais das atividades de gravura na Casa Laranja, mesmo sem aulas. Entre os itens estão prateleiras, armários, tintas, tesouras, frigobar e uma prensa de gravura.
A Secec-DF disse que a permanência pode atrasar as reformas previstas no termo de compromisso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com o Governo Federal do DF (GDF) e a Secec-DF, através do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além do Museu Vivo da Memória Candanga, o pacote de obras inclui a Praça dos Três Poderes e o Catetinho.
Ainda de acordo com Felipe Rámon, foram feitas notificações para a retirada dos materiais, mas todos os prazos foram descumpridos pelos alunos.
Procurado pela reportagem, o Gravura em Foco informou que não houve uma oferta formal de realocação e que precisa de ajuda para transferir os objetos armazenados para outro local devido ao peso.