Durante décadas o jornal Correio Braziliense foi líder absoluto na informação no Distrito Federal. Foram tempos gloriosos, com direito a prêmios e muita publicidade
Entretanto, com o advento da internet, que proporcionou novos modelos de comunicação, o jornal perdeu o time e passou a ficar cada vez mais obsoleto.
Também o CB recorreu ao Banco de Brasília para se manter de pé em algumas ocasiões. Agora, quase falido (se retirar a publicidade oficial o jornal fecha as portas de vez), o Correio desesperadamente bate no Banco de Brasília.
Nos bastidores da política do DF, é sabido que o Correio, que pertence aos Diários Associados, mantém uma briga infernal com o Metrópoles, do empresário Luiz Estevão.
Conforme noticiou o jornalista Leandro Mazzini, colunista da revista Isto É, em 2019 a 9ª Vara Cível de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), considerou lícito todo o processo de compra que a empresa CasaForte, cujos sócios são os mesmos do Portal Metrópoles, fizeram de debêntures emitidas pelo Correio Braziliense. O jornal foi condenado, ainda, a pagar honorários advocatícios, fixados em R$ 4,5 milhões.
Em um negócio com objetivo de arrecadar dinheiro para manter as atividades, o Correio emitiu 56 debêntures para o Banco de Brasília (BRB), em 2016, no valor unitário de R$ 1 milhão. O imóvel onde está instalada a sede do Correio, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), foi colocado como garantia para o caso de calote.
Como o jornal deixou de pagar a dívida, todas as debêntures foram vendidas para a Casaforte Construções e Incorporações S/A, cujos donos são os mesmos do Portal Metrópoles. A sede do jornal vai a leilão caso o Correio não resgate as debêntures. O valor é, atualmente, de R$ 98 milhões.
Na sentença, o juiz descartou a alegação do Correio de que haverá concentração de poder por parte do portal Metrópoles. Segundo o magistrado, “sabe-se que há tempos o jornal impresso deixou de representar a maior fatia do faturamento das empresas jornalísticas e de mídia”.
Nesta briga, segundo fontes, o BRB definitivamente não compactua com a direção que o Correio quer nesse assunto. Por isso os inusitados e covardes ataques à gestão de Paulo Henrique Costa, que transformou o BRB num banco competitivo e lucrativo.
Essa briga todos já sabem como terminará. Game over para o Correio.