Um cachorro ficou em estado grave após ser atacado por outros três cães, da raça rottweiler, em um canteiro de obras na SQSW 500, no Sudoeste, na noite dessa sexta-feira (7/11).
Em depoimento à Polícia Civil, a tutora do animal atacado afirmou que estava passeando sem coleira com o cachorro, chamado Bolt (foto em destaque), quando ele sumiu.
Enquanto procurava pelo cão, a mulher teria sido avisada por moradores de um prédio vizinho ao canteiro que o animal estava dentro da obra.
Ao Metrópoles a tutora do cachorro atacado, Viviane Lemos, de 45 anos, disse que Bolt teria sido puxado pelos rottweilers no momento em que passava próximo ao canteiro de obras.
“Realmente, ele não estava de coleira. Mas, independentemente disso, mesmo com a coleira, um cachorro pequeno seria puxado. A coleira não iria fazer diferença. Sei que não pode, mas era o último xixi. Eles descem, fazem e já subo. Nunca tive problemas”, relatou.
Resgate
Segundo o boletim de ocorrência, ela avisou um segurança que estava na parte de fora da obra, mas o homem disse que não poderia fazer nada, pois não tinha a chave do portão.
A mulher disse que entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a empresa responsável por colocar os rottweilers na obra, e, cerca de 40 minutos depois, o cachorro atacado foi retirado do local.
A tutora também afirmou que o dono do canil ofereceu tratamento na clínica da empresa, mas ela recusou e levou o animal para outro veterinário. Ele está internado, em estado grave.
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Viviane disse à reportagem que moradores da região em que o canteiro de obras está localizado reclamam da presença dos rottweilers, por serem bastante agressivos.
O animal teve ferimentos em uma das patas e axilas, segundo relatado pelo veterinário a Viviane. Ele afirmou ainda que o animal está com certa dificuldade para respirar e deve ficar pelo menos mais um dia internado.
O caso está sendo apurado pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro).
Sem coleira
Procurada pela reportagem, a Vigicão Vigilância Canina, responsável pelos rottweilers, disse, em nota, que o cachorro teria invadido o canteiro, passando por baixo do portão.
Ainda segundo o texto, uma equipe foi acionada e se dirigiu ao local, realizando a retirada segura do animal. “O cão foi prontamente devolvido à sua tutora, momento em que nos colocamos à disposição para oferecer todo o apoio necessário, inclusive com assistência veterinária, considerando que um de nossos colaboradores é profissional da área”, afirmou a nota.
A Vigicão ressaltou que o animal atacado se encontrava solto, sem guia e sem coleira. “Tal circunstância, infelizmente, contribuiu diretamente para o incidente ocorrido”, pontuou.
“Reafirmamos nosso compromisso com o bem-estar animal e a segurança da comunidade, reforçando que adotou todas as medidas cabíveis e prestou auxílio imediato, mesmo não tendo dado causa ao ocorrido”, finalizou a nota.
O presidente da Associação de Condomínios da Quadra Parque 500 (ASCON Q500), Aslan Araújo, disse à reportagem que foi até o local para tentar apaziguar a situação.
Segundo ele, a todo momento, foi tentado que as partes chegassem a um acordo, mas os ânimos acabaram se exaltando, e Araújo orientou que o caso fosse levado à delegacia.
O presidente da associação também informou que produziu um documento, em agosto, orientando que moradores da quadra não deixem seus pets sem coleira ou focinheira nos momentos de passeio.
Ele também afirmou que conversou com responsáveis pelos canteiros de obras, para cuidarem dos animais que passam a noite nos locais.
