Novas imagens analisadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) detalham o episódio de violência envolvendo o torcedor do Vasco da Gama, Eumar Vaz, de 34 anos, brutalmente espancado e esfaqueado dentro de um ônibus da linha 812.1 por torcedores do Flamengo, no último domingo (21/9), em Samambaia. O ataque teria como objetivo arrancar a camisa com o emblema da cruz de malta e ostentá-la como troféu.
As imagens exclusivas obtidas pela coluna Na Mira mostram os últimos momentos da vítima antes do ataque fatal. É possível ver Eumar confrontando um grupo de flamenguistas, todos com camisas da Torcida Jovem do Flamengo. Já acuado, ele é jogado sobre a tampa do motor do ônibus, tem a camisa rasgada e sofre uma sequência de socos e chutes. Em seguida, recebe a facada que causaria sua morte na madrugada de segunda-feira (22/9).
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O motorista do coletivo, visivelmente em pânico, tentou defender o vascaíno, mas foi puxado pela camisa e afastado pelos bandidos. Ele desceu do ônibus e começou a gritar, pedindo aos agressores que parassem, enquanto os criminosos com vestimentas do Flamengo bradavam: “Pega ele!”. Outro vídeo, gravado do lado externo do coletivo, flagrou torcedores armados com pedaços de madeira, o que reforçou o clima de selvageria.
Veja as imagens:
“Bater em alguém”
Testemunhas relatam que o incidente começou quando Eumar entrou no ônibus sem camisa, mas rapidamente atendeu à solicitação do motorista e vestiu uma camiseta do Vasco. Ainda assim, os agressores insistiram para que ele a retirasse, resultando em troca de socos que rapidamente se transformou em ataque coletivo.
Ao final da confusão, um dos torcedores gritou: “Aqui é a Jovem, desgraça!”, em referência à Torcida Jovem do Flamengo, e outro teria declarado: “O Flamengo não ganhou, temos que bater em alguém”. Eumar foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas não resistiu aos ferimentos.
A 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia) conduz a investigação sobre o caso. A brutalidade do episódio reacende o debate sobre a violência associada ao futebol e levanta questionamentos sobre a segurança no transporte público.
