Ninguém gosta de tomar remédio, mas, para as crianças, esse momento pode ser especialmente incômodo quando o medicamento prescrito pelo pediatra é em comprimido ou cápsula.
A maioria das crianças começa a ingerir comprimidos a partir dos 10 anos, mas estima-se que quatro em cada dez delas são incapazes de engolir uma pílula do tamanho padrão ou uma cápsula.
“A incapacidade das crianças de engolir comprimidos inclui estágio de desenvolvimento, medo, ansiedade e intolerância a sabores desagradáveis, dentre outros”, explica a pediatra Débora Cruvinel, do Hospital de Base do Distrito Federal.
A decisão do médico sobre a forma de apresentação do medicamento (se em comprimido, líquido ou xarope, por exemplo) deve levar em conta fatores como gravidade da doença, peso ou restrições alimentares do paciente. Em alguns casos, não há outra opção se não a cápsula.
Veja algumas dicas para ajudar a fazer com que a criança tome os remédios em comprimidos:
Desenvolva técnicas lúdicas
A pediatra recomenda que os pais criem uma história em cima da situação, como pedir à criança para imaginar que a língua é uma onda de água e a pílula é o surfista.
Beba água antes
Outra sugestão é beber um pouco de água antes de tomar a medicação, seguida de algum liquido depois.
Os pais não devem quebrar ou amassar o remédio
Comunique-se com a criança
Tente conversar e compreender as preocupações da criança em tomar o remédio e explorar outras alternativas e tratamento junto ao médico e farmacêutico. “Sejam pacientes e conversem com a criança pra que ela entenda a necessidade do uso da medicação para a cura de alguma doença e que não vai acontecer nada com ela”, aconselha a pediatra.
Medicamentos manipulados
Outra alternativa é procurar opções de medicamentos manipulados. Com as fórmulas prescritas por um médico ou farmacêutico, é possível inserir o tratamento na rotina das crianças e adolescentes por meio de bolachas, sachês para suco e doces, por exemplo.
Não quebre ou amasse o medicamento
Na tentativa de fazer a criança tomar a medicação, alguns pais acabam quebrando ou amassando o comprimido ao meio para que ela tome o remédio em um tamanho menor. A pediatra explica que este é um erro.
“Cortar, esmagar ou dissolver o comprimido não são boas opções. Alguns medicamentos têm restrições quanto a misturas e alterações na sua forma física. Outro ponto é o risco de que, com essas técnicas, o responsável acabe não oferecendo a dose inteira para a criança”, ensina Débora.
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