STF volta a julgar golpe de 8/1 e Congresso se volta a projetos de segurança e impeachment

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça e quarta-feira (9 e 10) o julgamento da trama golpista que culminou com os atos de vandalismo e na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Seis réus devem ter o destino decidido pelos ministros da Primeira Turma, que julga o chamado “Núcleo 2” da tentativa de golpe. Seria esse o grupo responsável pela elaboração da “minuta do golpe” e por coordenar ações violentas.

No Senado, a análise do projeto que atualiza a Lei do Impeachment, que afeta ministros do próprio STF, será retomada nesta semana. A movimentação ocorre depois das decisões recentes de Gilmar Mendes que restringiram a abertura de processos do gênero contra ministros do STF, ao elevar o número mínimo de assinaturas e concentrar no Procurador-Geral da República o direito de apresentar pedidos. Parada desde 2023, a proposta volta à pauta da CCJ sob articulação de Davi Alcolumbre, que tenta aprovar o texto antes do recesso de fim de ano.

O PL Antifacção também volta à pauta do Senado após pedido de vista para adiar a votação, que agora está prevista para quarta. A proposta inclui que parte dos impostos de sites de apostas, que taxam em 15% cada valor apostado, vá para o financiamento de melhorias no sistema prisional e políticas de segurança. O relator Alessandro Vieira (MDB-SE) rejeitou a criação da categoria “organizações ultraviolentas” e incluiu o crime de facção na Lei de Organizações Criminosas, prevendo penas somadas de até 120 anos.

Ainda no Congresso, a Câmara recebe nesta terça a nova versão do relatório da PEC da Segurança Pública, após adiamento pedido pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para ampliar negociações com líderes partidários. A proposta enfrenta resistência de governadores e de parte do parlamento, especialmente por prever que a União formule diretrizes obrigatórias para estados e Distrito Federal, o que é visto como ingerência federal.

No Supremo, o julgamento presencial do Marco Temporal está marcado para a quarta. O tema foi retirado da pauta virtual para atender à demanda de organizações indígenas por uma discussão aberta no plenário físico. Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a mudança é apenas um primeiro passo e ainda é necessário garantir participação ampla e efetiva dos povos indígenas em todas as etapas do processo.

Estão na agenda da semana de 8 a 12 de dezembro:

DIREITOS HUMANOS

MEIO AMBIENTE

POLÍTICA

EDUCAÇÃO

SAÚDE

Agenda da semana da Pública é um serviço apresentado aos leitores aos domingos e segundas, concebido com base nas informações dos portais da Câmara, Senado e STF.

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