Taxa de desemprego no Brasil atinge menor nível desde 2014, aponta IBGE

(Foto: Divulgação)

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Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma queda significativa na taxa de desemprego no Brasil, que alcançou 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024. Esse é o menor índice registrado para um trimestre encerrado em junho desde 2014, quando o país, sob o governo de Dilma Rousseff, também apresentou uma taxa de 6,9%.

O declínio de 1 ponto percentual em relação aos três meses anteriores sugere que o país está caminhando para o “pleno emprego”. Historicamente, o ex-presidente Lula encerrou seu segundo mandato em 2010 com uma taxa de desemprego de 5,7% em novembro. Segundo Pedro Afonso Gomes, economista e presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo), no contexto brasileiro, uma taxa de desemprego abaixo de 7% por um ano pode ser considerada como pleno emprego. “Alguns economistas apontam 3,5% como o percentual ideal para o desemprego; outros, 5,5%. Contudo, em economias mais dinâmicas, aceita-se um desemprego maior, de até 7%, como no caso brasileiro”, afirmou.

Além da queda no desemprego, o rendimento real habitual dos trabalhadores também apresentou crescimento. O valor médio chegou a R$ 3.214, um aumento de 1,8% em comparação com o trimestre anterior e de 5,8% em relação ao ano passado. A população empregada atingiu 101,8 milhões de pessoas, estabelecendo um novo recorde desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012. O crescimento foi de 1,6% no trimestre (1,6 milhão de pessoas a mais) e 3,0% no ano (2,9 milhões de pessoas a mais).

O número de desempregados no país é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, com 7,5 milhões de pessoas buscando emprego, uma redução de 12,5% (1,1 milhão de pessoas a menos) no trimestre e de 12,8% (1,1 milhão de pessoas a menos) no ano. O emprego com carteira assinada no setor privado, excluindo trabalhadores domésticos, também atingiu um recorde, com 38,380 milhões de pessoas empregadas, um aumento de 1,0% no trimestre (397 mil pessoas a mais) e de 4,4% no ano (1,6 milhão de pessoas a mais). O emprego sem carteira assinada no setor privado também atingiu um novo recorde, com 13,797 milhões de trabalhadores, uma alta de 3,1% no trimestre (410 mil pessoas a mais) e de 5,2% no ano (688 mil pessoas a mais).

Esses números refletem um momento positivo para o mercado de trabalho brasileiro, evidenciando uma recuperação gradual e uma melhoria nas condições de emprego e renda para os trabalhadores.

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