Ícone do Cruzeiro e maior artilheiro da história do clube, com 245 gols, Tostão lamentou nesta segunda-feira (17) a morte de Palhinha, seu sucessor no ataque celeste quando o tricampeão mundial se transferiu para o Vasco, em 1972. Tostão e Palhinha jogaram juntos no Cruzeiro de 1968 a 1972.
“O Palhinha era uma grande revelação do futebol do Barreiro (bairro de Belo Horizonte). Ele chegou ao Cruzeiro novinho e era um espetáculo de jogador desde o início. Muito rápido, driblador, artilheiro. Lembro que ele botou pressão em mim para ser titular”, recordou Tostão em entrevista à Itatiaia.
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Na visão de Tostão, sua ida para o Vasco, em 1972, dois anos após o título da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, abriu as portas de vez para Palhinha no Cruzeiro e no futebol brasileiro.
“Com a minha saída, ele se tornou titular e deslanchou de vez. Acho que a minha saída ajudou, pois o Cruzeiro já queria dar mais espaço para ele. Ele era muito talentoso, tinha velocidade, sabia driblar e fazia muitos gols. Palhinha foi meu grande substituto no Cruzeiro naquela troca de gerações”, disse Tostão.
“Ainda rapazinho, ele levava alegria aos treinos. Era muito brincalhão, gostava de rir, contar piadas. Era um jogador que estava sempre sorrindo. Lembro que ele era de uma família tradicional no Barreiro, tinha boa condição e cheguei a conhecer alguns parentes dele. Lamento muito a morte dele ainda novo, aos 73 anos”.
Pelo Cruzeiro, Palhinha marcou 156 gols em 457 jogos, o que faz dele o 7º maior artilheiro do clube celeste. Ao longo de duas passagens, o ex-atacante conquistou o título da Copa Libertadores (1976) e sete troféus do Campeonato Mineiro (1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984).
Na Libertadores de 1976, inclusive, Palhinha marcou 13 gols em 10 partidas, tornando-se o artilheiro do torneio.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Tostão lamenta morte de Palhinha: “Foi meu grande substituto no Cruzeiro” no site CNN Brasil.