Veja a lista dos 79 produtos exportados pelo DF taxados pelos EUA

Gordura, óleo, massa para produtos de padaria, biscoitos e roupas são apenas alguns dos 79 produtos produzidos no Distrito Federal e exportados para os Estados Unidos que passaram a ter 50% de tarifa. A medida entrará em vigor na quarta-feira (6/8) e vai impactar indústrias que movimentaram US$ 7.096.370 no ano passado.

Do DF, apenas um produto ficou de fora do tarifaço de Donald Trump: combustível para aviação. O item corresponde a 9,4% das mercadorias exportadas ao país norte-americano, que representa US$ 739.273.

O levantamento é da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Segundo a entidade, outros 12 são passíveis de isenção se forem exportados para fins de aviação civil.

Veja a lista dos produtos:

Óleos e gordura são os produtos mais exportados para os EUA. No ano passado, a categoria movimentou U$ 2.979.089 com transações. Em seguida, as empresas que exportam misturas e pastas para produtos de padaria arrecadaram US$ 1.613.933.

A indústria do biscoito ficou em terceiro lugar com US$ 909.749 arrecadados em 2024.

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Jamal Bittar é presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)

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Jamal Bittar: “Dentro do caos, temos uma sorte de a exportação do DF não ser concentrada nos EUA; exportamos muito para o Oriente Médio e outros países”

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Bittar ressaltou que o Distrito Federal tem buscado novos mercados para diversificar as exportações

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Fibra

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“Não é uma exportação muito robusta, mas que é muito importante para as empresas que exportam e que tem anos que exportam para os EUA”, disse o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar.

“Dentro do caos, temos uma sorte de a exportação do DF não ser concentrada nos EUA, exportamos muito para o Oriente Médio e outros países. Isso faz com que nossa dependência não seja tão grande como em outras unidades da Federação”, explicou.

Tarifaço

Bittar ressaltou que o Distrito Federal tem buscado novos mercados para diversificar as exportações. Segundo ele, já há início de conversa com chineses interessados em investir no mercado distrital, diante da taxação norte-americana.

“Nós contamos não só no ambiente de negociação entre os fornecedores brasileiros e consumidores americanos para que uma parte seja absorvida pelo consumidor final”, detalhou.

Assista a entrevista:

Taxas contra o Brasil

Donald Trump assinou a ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A decisão foi justificada como resposta a ações do governo brasileiro que, segundo a Casa Branca, representam uma ameaça “incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia norte-americana.

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O tarifaço estava marcado para começar nesta sexta-feira. No entanto, a ordem executiva define para o dia 6 de agosto o início da vigência para mercadorias inseridas para consumo ou retiradas do depósito para consumo.

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O presidente dos EUA, Donald Trump

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O presidente dos EUA, Donald Trump

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Donald Trump

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Donald Trump após atentado em Butler, na Pensilvânia em julho de 2024

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Presidente Lula

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Lula planeja sancionar projeto sobre exportação

Ricardo Stuckert / PR

Apesar da ordem executiva, Trump deixou quase 700 itens de fora do tarifaço, como produtos aeronáuticos civis, o que interessa à Embraer, suco e derivados de laranja (suco e polpa), minério de ferro, aço e combustíveis, por exemplo.

Confira lista de exceções do tarifaço:

A medida se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (Ieepa, na sigla em inglês), de 1977, e declara a instauração de uma nova emergência nacional nos EUA em relação ao Brasil.

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